Cultura

Parque Arqueológico de Pompeia apresenta planos para futuro

Local terá mais casas visitáveis e vinhos e azeites específicos

Redazione Ansa

(ANSA) - Mais casas e áreas visitáveis, instalação de vinhedos e oliveiras, criação de ovelhas que poderão ser usadas para fins turísticos. Essas são algumas das novidades para o futuro do Parque Arqueológico de Pompeia, na Itália, conforme revelou o diretor do sítio, Gabriel Zuchtriegel, à ANSA.

Ao fim da fase do chamado "Grande Projeto", que fez uma série de novas descobertas e melhorias no Parque, agora é hora de "olhar para o futuro".

Uma das primeiras novidades, apresentadas já nesta quinta-feira (15), é um novo mapa turístico para visitantes desenhado pela artista Simonetta Capecchi, com vários detalhes em cor e uma espécie de brincadeira para os pequenos visitantes que podem ganhar prêmios.

Para Zuchtriegel, o desenho "é um símbolo e também um sinal de um novo início". "O Grande Projeto foi um sucesso, mas agora é o momento de ir além, de seguir uma nova visão. [O Parque] deve ser sempre mais aberto, mais acessível e sustentável e que possa oferecer aos visitantes várias experiências possíveis", acrescenta.

As mudanças também têm o objetivo de comportar a retomada turística após dois anos com um menor número de visitantes por conta da pandemia de Covid-19. Em 2022, o local já voltou a ter mais público, com quase três milhões de visitantes. Mas, a previsão, é que em 2023 seja batido o recorde no número de entradas, com mais de 3,8 milhões - dado que pertence justamente ao ano anterior à crise sanitária.

Uma das maiores alterações será a quantidade de edifícios abertos e visitáveis, passando dos atuais 55 para 115. A metade deles ficará aberta de maneira permanente e a outra parte será acessível de maneira rotativa, com dias e horários publicados no site do Parque Arqueológico com meses de antecedência.

Outra medida será tornar Pompeia uma marca ligada ao território, com o início do funcionamento de uma empresa agrícola que produzirá vinhos e azeites de oliva com frutos cultivados ao redor da cidade - como havia sido anunciado em junho deste ano. Também há planos de criar um queijo local, em produtos que seriam vendidos diretamente no sítio arqueológico.

Segundo o diretor, após o anúncio das parceiras para produzir os vinhos, "já foram apresentadas oito propostas" e uma equipe técnica está escolhendo qual será a vencedora. A ideia é que o solo seja usado como na época em que Pompeia era uma cidade vibrante, mesclando a área de plantação entre uvas e azeitonas.

O tempo para que tudo funcione ainda não está definido.

"Isso porque não queremos decidir tudo sozinhos e esperamos que nossos futuros parceiros tragam ideias. Com uma projeto ambicioso, é necessário ter abertura e flexibilidade", acrescenta.

Nas questões imediatas, o diretor confirmou a abertura de mais uma área de alimentação, com restaurante, lanchonete e cafeteria. A restauração da Casina dell'Aquila foi iniciada em 1º de dezembro e a inauguração deve ocorrer em 2023. Também serão abertos quiosques dentro de diversas áreas do Parque.

Já entre as residências que devem ser reabertas em um futuro próximo estão as Villa Arianna e Villa San Marco, ambas localizadas na antiga Stabiae. A meta é que na próxima "primavera" europeia, entre março e junho, uma parte da área se torne acessível para o público.

Zuchtriegel, porém, tem uma ideia mais ambiciosa e que precisaria passar por algum tipo de financiamento maior.

"Queremos revolucionar nossa acolhida com uma bilheteria equipada e guias sempre presentes, um restaurante panorâmico, que poderia também contar com o agroturismo para acolher escolas, além de outras conexões estáveis com Pompeia", pontuou ainda.
    Pompeia foi soterrada pelas cinzas do vulcão Vesúvio em 79 d.C., mas as escavações em si de toda a localidade só foram iniciadas em 1748. Sua vizinha Herculano, também destruída pelo mesmo fenômeno, iniciou seu ressurgimento 10 anos antes. (ANSA).
   

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