(ANSA) - Foi aberta ao público nesta quarta-feira (1º) a domus de Tito Macro no Sítio Arqueológico de Aquileia, na região de Friuli Venezia Giulia, uma das maiores casas remanescentes da época romana no norte da Itália.
A residência, localizada próxima à praça Capitolo, tem 1.700 metros quadrados e fica entre duas ruas de paralelepípedos da cidade. O local fica em um quarteirão ao sul da colônia romana que foi fundada em 181 a.C..
Estudada parcialmente na década de 1950, a domus foi objeto de uma intensa análise e de novas escavações entre os anos de 2009 e 2015, em uma ação liderada pelo Departamento dos Bens Culturais da Universidade de Pádua e em parceria com a Fondazione Aquileia. O projeto teve ainda apoio do Ministério dos Bens Culturais e Turismo da Itália (atual Ministério da Cultura).
Nessa última investigação, foi possível descobrir a planta da casa, construída no século 1 a.C.. e usada ininterruptamente até o fim do século 6 d.C.. Em um dos pesos de pedra usados na época para construir residências, os arqueólogos conseguiram atribuir o local ao nome do seu construtor: Tito Macro, um rico morador de Aquileia.
A entrada da domus ficava à oeste, entrando por um átrio sustentado por quatro colunas e com uma grande bacia para recolhimento da água da chuva, além de um poço - que está parcialmente preservado. Na parte dos fundos, a vida girava ao redor de um espaço central aberto e, para o qual, se abria uma grande sala para a recepção de convidados.
Ao sul da residência, estava o triclínio: a sala de jantar com três leitos inclinados ao redor de uma grande mesa. Ao norte, a cozinha. A leste, foram reconhecidas quatro salas comerciais, sendo uma delas uma padaria com um forno ainda visível.
Ainda conforme a fundação que administra o parque arqueológico, a casa com átrio foi a primeira estrutura do tipo encontrada em Aquileia, um local que foi densamente povoado e que traz casas em modelos "difíceis de compreender".
Durante as escavações encerradas em 2015, foram encontradas ainda 560 moedas escondidas dentro de um buraco e datadas de cerca de 460 d.C., além de mosaicos de diferentes épocas de uso da habitação. (ANSA).