(ANSA) - Com as presenças de Michael Imperioli e F. Murray Abrahm, da segunda temporada da série "White Lotus", do fotógrafo Fabrizio Ferri e do pintor Julian Schabel, além de grande público, o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa) abriu a exposição que homenageia a atriz Claudia Cardinale.
A projeção do longa "A Garota de Bube" (1964), recentemente restaurado para uma versão em 4K, foi apresentada após o curta "Um Cardinale Donna", obra dirigida por Manuel Maria Perrone em que a atriz ítalo-tunisiana de 84 anos interpreta a si mesma com pequenas homenagens de grandes diretores.
Entre eles, estão Luchino Visconti ("Rocco e Seus Irmãos" (1960) e "O Leopardo" (1963)), Federico Fellini ("Oito e Meio" (1963)), Sergio Leone ("Era Uma Vez no Oeste" (1968)) e Werner Herzog ("Fitzcarraldo" (1982)).
Claudia Cardinale não compareceu ao evento nesta sexta-feira (3), mas enviou uma mensagem por vídeo demonstrando gratidão ao MoMa e ao estúdio italiano Cinecittà, que auxiliou na exposição, e enviou a filha Claudia Squitieri para representá-la. "Minha mãe está feliz e honrada pela homenagem por sua não só longa, mas também diversificada carreira", disse aos presentes.
Para o curador do departamento de filmes do MoMa, Joshua Siegel, Cardinale "não é só uma mulher lindíssima, mas também uma atriz extraordinária". "As atrizes bonitas vêm e vão, mas não duram por um período de 70 anos como Claudia", ressaltou.
Em uma longa carreira iniciada nos anos 1950, Cardinale atuou em mais de uma centena de filmes - muitos deles icônicos para a história do cinema. No museu nova yorkino, a retrospectiva organizada até o dia 21 de fevereiro escolheu cerca de 20 obras, entre as quais algumas restauradas recentemente e outras não tão conhecidas pelo público norte-americano.
Além de "A Garota de Bube", de Luigi Comencini, serão apresentadas ainda "A Audiência" (1972), de Marco Ferri, e "Atto di dolore" (1990), um dos nove longas que gravou com o amor de sua vida, o diretor Pasquale Squitieri.
Atualmente, Claudia Cardinale vive na França, em uma casa próxima a Fontainebleau. Ainda está bastante ativa, mesmo se vemos que ela caminha com a ajuda de uma bengala no curta de Perrone.
Há anos, a sua fundação apoia as causas em que sempre acreditou: os direitos das mulheres e das meninas, além de ocupar a presidência honorária da Green Cross Italy, um grupo que luta pela sustentabilidade dos filmes e patrocina um prêmio no tradicional Festival de Cinema de Veneza. (ANSA).