(ANSA) - A Câmara dos Deputados da Itália aprovou definitivamente nesta quarta-feira (18) um projeto de lei para a criação do Museu Nacional do Holocausto em Roma.
A iniciativa, proposta pelo ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, recebeu aval com 283 votos a favor e nenhum contra e foi aplaudida pelos parlamentares.
O objetivo é "ajudar a manter viva e presente a memória da tragédia" no campo de extermínio nazista de Auschwitz. A Fundação Museu do Holocausto administrará o local, sujeito à fiscalização do Ministério da Cultura.
Para a construção e funcionamento do museu, estão previstas despesas de 4 milhões de euros em 2023, 3 milhões de euros em 2024, 3.050 milhões de euros em 2025 e 50 mil euros por ano a partir de 2026.
Sangiuliano agradeceu ao "Parlamento pela qualidade do debate que se desenvolveu e pela convergência" e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, por ter apoiado sua proposta com todo o governo.
"A máxima partilha por parte dos dois ramos do Parlamento é um sinal de que cultivar a memória das atrocidades do Holocausto representa um valor partilhado da nossa nação. O Museu será um local de fundamental importância para transmitir às gerações futuras os testemunhos da barbárie vivida por aqueles inocentes que foram arrancados de suas vidas", acrescentou ele.
O ministro italiano enfatizou ainda que "é nosso dever garantir que a maldade do plano criminoso nazifascista e a vergonha das leis raciais não acabem no esquecimento". "Tudo isto é ainda mais importante hoje, nestes dias cheios de angústia em que assistimos aos massacres perpetrados em Israel pelo Hamas".
A ideia de construir um museu dedicado à memória do Holocausto em Roma, como existe nas cidades europeias mais importantes, nasceu de fato em 1997. No entanto, foi o então prefeito Walter Veltroni quem anunciou o início das obras em 2005.
Na ocasião, o Campidoglio adquiriu uma área de Villa Torlonia, ao lado da então residência de Benito Mussolini: uma escolha com um forte valor histórico e simbólico. Desde então, uma série de burocracias paralisou o projeto.
Em 2016, a então prefeita de Roma Virginia Raggi anunciou que o plano seria retomado "em breve", mas a emergência da Covid-19 voltou a paralisá-lo. Somente em meados de setembro de 2021 que foi iniciada a construção do canteiro do museu, com o lançamento da primeira pedra. (ANSA).
Leggi l'articolo completo su ANSA.it