(ANSA) - O novo filme de Nanni Moretti, um dos cineastas mais conhecidos e prestigiados da Itália, chegará aos cinemas brasileiros no dia 4 de janeiro de 2024.
A comédia "O melhor está por vir", que fez sua estreia no Festival de Cannes, traz Moretti no papel principal, ao lado de Margherita Buy, Silvio Orlando e Mathieu Amalric.
O longa narra a história de um diretor de cinema produzindo um filme que se passa em Roma, capital da Itália, durante a década de 1950, mas diversos impedimentos complicam a conclusão das gravações.
Na produção, durante a época da invasão soviética da Hungria, Moretti dá vida ao diretor Giovanni, que acredita que é preciso contar a história do Partido Comunista Italiano, mas sua principal atriz pensa ao contrário, defendendo que ele faz um filme sobre amor.
"Embora o mundo ao seu redor esteja se tornando cada vez mais difícil de decifrar e aceitar, Giovanni não quer perder para uma realidade decepcionante. E, acima de tudo, ele não quer desistir do sonho de poder mudá-lo. Se a vida e a história não permitem, o cinema, pela sua força e energia contagiosas, transforma a realidade e torna o sonho possível", explica o cineasta, que assina o roteiro com Francesca Marciano, Federica Pontremoli e Valia Santella.
"O melhor está por vir" marca o aniversário de 50 anos da carreira de Moretti, que estreou como diretor com o curta "La sconfitta" e é um dos principais trabalhos de sua carreira.
"Esse é um filme muito pessoal para mim e sei que muitos verão nele uma espécie de 'resumo' dos meus temas e estilos. Não estou mais totalmente ciente do que são, mas estou ciente de que é assim que o filme será dissecado", acrescenta ele.
Em entrevista, Moretti define este como "um filme sobre o cinema" e conta que as principais inspirações foram "8 ½", de Federico Fellini, mas não deixa de ser um filme sobre ele mesmo - Nanni é um diminutivo de Giovanni.
Desde sua estreia em Cannes, o novo filme do cineasta italiana tem sido muito elogiado pela crítica, que o considerou uma "comédia ousada a partir de um processo de autoterapia" e um longa "raro" que faz "pensar". (ANSA).