(ANSA) - Um 'projeto país' para o vinho italiano é no que focará em 2024 Vinitaly, com um programa de promoção e incoming (roadshows e pré-estreias) em 15 países de três continentes, para delinear o mapeamento evolutivo dos mercados.
Isso foi discutido nesta segunda-feira (13) em Wine2wine, o evento de networking do Salão Internacional do Vinho, parte da programação de Veronafiere até esta terça (14).
Um verdadeiro chamado da marca de feiras às instituições e às empresas, mirando em uma estratégia de promoção compartilhada nas praças internacionais, com uma otimização dos recursos.
Um plano que foi abordado durante a sessão de abertura de Wine2wine, com o tema "Export Maps. A atividade de Vinitaly em favor da internacionalização do vinho italiano, com foco nos Estados Unidos, Ásia e Leste Europeu".
Este caminho, aliás, assenta no check-up do setor proporcionado pelo Observatório do Vinho Uiv-Vinitaly, que ainda evidencia um cenário global móvel.
Segundo o chefe do Observatório, Carlo Flamini, o panorama de 2023, se por um lado confirma as dificuldades do vinho italiano esperadas no final de 2022, por outro destaca a necessidade de fazer uma mudança de ritmo para conseguir que o setor siga lutando em uma temporada difícil.
De fato, segundo as estimativas Uiv, o ano fechará com uma queda de faturamento em relação a 2022 (de 2,9%).
Segundo o relatório, a diminuição dos custos operacionais, fruto da redução parcial das tensões na energia e nas matérias-primas, não foi suficiente para preservar os fundamentos de um setor que, como outros, sofre com a duplicação das taxas de juros, e um aumento da taxa de insolvência do setor HoReCa (hotéis+restaurantes+cafés).
Nessa frente, o Observatório Uiv-Vinitaly estima um fechamento de ano menos drástico do previsto 12 meses atrás em um cenário imaginado de recessão global; a queda dos volumes vendidos ficará pouco abaixo de 3%, graças à manutenção da demanda na Europa Ocidental (1%) e em parte minoritária à alta do leste europeu (20%).
Todas as outras macrorregiões estão em contração, começando pela América do Norte (14%), Japão e Coreia (23%), Extremo Oriente (20%) e América do Sul (20%).
Em suma, o mercado interno cederá 3,7 pontos, enquanto as exportações cairão 2,4%. Para o presidente de Veronafiere, Federico Bricolo, "o andamento do mercado em 2023 apresentado hoje confirma as dificuldades anunciadas um ano atrás pelo nosso Observatório e valida o percurso impresso pela governança à manifestação desde a edição de abril passado: ou seja, um Vinitaly cada vez mais orientado aos negócios em Verona e, ao mesmo tempo, ao centro de um hub capaz de agregar realmente a promoção de vinho italiano no exterior".
Quando ao novo programa de promoção 2024, segundo o CEO de Veronafiere, Maurizio Danese, isso contempla "investimentos importantes finalizados para consolidar ainda mais o papel da manifestação": "Um reforço tanto em Verona, cruzamento de atividades internacionais, quanto no exterior, onde, além das feiras na China e no Brasil, previmos o nasicmento de Vinitaly USA 2024 em Chicago e uma nova manifestação B2B no Japão".
(ANSA).