(ANSA) - Após interpretar o herdeiro da moda Maurizio Gucci e o fundador da escuderia Enzo Ferrari, o ator americano Adam Driver se irritou com a quantidade de perguntas sobre o fato de dar vida a dois italianos em sequência nos cinemas.
Participando do podcast SmartLess, o artista comentou a quantidade de questionamentos que recebeu sobre o tema durante a promoção do longa.
“Fiquei surpreso com o quanto isso acontece. Dizem ‘você tem alguma coisa’. E eu penso: ‘São dois. São dois italianos. São só dois. Parece uma ideia tão difícil. Perguntam ‘o que há com a Itália?’, e não é uma questão de Itália, embora eu goste de lá. A questão são os projetos de Ridley Scott e Michael Mann”, reclamou.
“A Itália não é meu primeiro pensamento. Eles estão, na minha opinião, entre os melhores cineastas. Quem se importa se eram dois italianos?”, questionou.
A sequência foi inclusive tema de controvérsia na Itália, com o ator Pierfrancesco Favino acusando a produção da cinebiografia de apropriação cultural pela escalação do norte-americano, em vez de dar o papel a um italiano.
“Os papéis são atribuídos a atores estrangeiros distantes dos verdadeiros protagonistas da história, a começar pelos sotaques exóticos. Se um cubano não pode interpretar um mexicano, por que um americano pode interpretar um italiano? Isso só acontece conosco”, queixou-se.
O longa narra a história de Enzo Ferrari, fundador da marca de carros superesportivos mais famosa do mundo e da equipe mais vencedora na história da Fórmula 1. O filme conta com cenas de corrida repletas de adrenalina, incluindo a famosa Mil Milhas de 1957.
(ANSA).