(ANSA) - Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15) com o júri do Festival de Cinema de Berlim, a atriz e diretora italiana Jasmine Trinca, que fará parte do grupo de avaliadores, questionou: “Por que não tentar pensar que cinco fascistas sentados na sala [de cinema] assistindo aos filmes em competição possam ampliar seus horizontes?”.
O tema foi levantado em resposta a uma pergunta sobre política e cinema.
“Me considero sortuda por compartilhar esse tempo com os outros jurados, porque tenho a oportunidade de olhar as coisas, o mundo, através dos olhos de outra pessoa, o que acredito que seja a coisa mais importante da vida”, disse.
”E também é uma forma de eliminar as fronteiras em um mundo político demais, e para tentar manter os olhos abertos. É preciso, em resumo, ‘permanecer humanos’, como dizia Vittorio Arrigoni”, complementou, em referência ao pacifista italiano.
A cineasta é conhecida por defender uma maior presença feminina na direção e demais posições de liderança no audiovisual do país europeu.
Trinca estará ao lado de quatro colegas diretores: o também ator americano Brady Corbet; a chinesa Ann Hui; o alemão Christian Petzold e o espanhol Albert Serra; além da escritora ucraniana Oksana Zabuzhko.
A presidente do júri da 74ª edição do Berlinale será a atriz, diretora, produtora e autora best-seller queniana-mexicana Lupita Nyong’o.
O festival premiará as melhores produções cinematográficas com os Ursos de Ouro e de Prata.
Segundo os organizadores do evento alemão, os vencedores da competição serão anunciados no dia 24 de fevereiro. Ao todo, 20 filmes disputam as premiações.
(ANSA).