Cultura

Cantor italiano Diodato 'acende fogo' em turnê no Brasil

Vencedor de Sanremo em 2020 relatou expectativas à ANSA

Diodato faz turnê em 4 cidades brasileiras

Redazione Ansa

Por Nadedja Calado - As primeiras 24 horas após o desembarque no Brasil já foram suficientes para que o cantautor br/brasil/noticias/cultura/2024/05/03/diodato-anuncia-datas-de-turne-no-brasil_a4f0013a-6675-4de1-a745-096951a2f0b9.html">Diodato se surpreendesse com o tamanho da comunidade italiana em São Paulo, conhecesse manifestações artísticas como uma roda de samba no Bixiga e os quadros do Museu de Arte de São Paulo (MASP), e renovasse seu desejo de se aprofundar na união das culturas entre os dois países.
    "Sempre tive uma fascinação por essa cultura, uma cultura que carrega um sol dentro de si. Que nós, italianos, vemos como um ponto de referência e como um tipo de irmandade. Há muitos pontos em comum na música, espero ter a oportunidade de entender ainda melhor e descobrir as ligações", declarou ao artista em entrevista à ANSA na última quinta-feira (23), prestes a participar de uma conversa com fãs na sede do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo (IIC-SP).
    O multipremiado (vencedor do Festival de Sanremo em 2020, da categoria de melhor artista italiano no MTV Europe Music Awards no mesmo ano, recém laureado com o David di Donatello de melhor canção original, e mais) Antonio Diodato, que usa apenas o sobrenome como nome artístico, chegou ao Brasil no último dia 22 para um tour em quatro cidades.
    A primeira apresentação, que ocorreria em Porto Alegre no dia 24, precisou ser cancelada devido à catástrofe climática que atinge o Rio Grande do Sul. O público de Curitiba recebeu um show duplo no último dia 26. As próximas agendas serão nesta quarta-feira (29) no Blue Note, no Rio de Janeiro, com a banda Selton; no Sesc Jundiaí no sábado (1º); e no Sesc Pinheiros, em São Paulo, e no domingo (2).
    As apresentações são realizadas como parte da programação da Semana da Música Italiana, promovida pelo Instituto Italiano de Cultura de São Paulo e o Sesc São Paulo por ocasião dos 150 anos da imigração italiana no Brasil.
    "O setlist tem minhas músicas mais importantes, porque para muitas pessoas será a primeira oportunidade de ouvir ao vivo. E também é uma forma de descobrir um modo novo de tocá-las, gosto muito de fazer isso, experimentar, por exemplo com a banda.
    Gosto que o ao vivo tenha um tipo de improviso", adiantou.
    São esperadas ainda as canções de seu sexto álbum de estúdio, "Ho acceso um fuoco", lançado no último mês de abril com o mote de levar para o local de gravação o mesmo fluxo de emoções das apresentações ao vivo. Entre elas, uma bem conhecida do público brasileiro, o clássico mexicano "Cucurrucucú paloma", eternizado na voz de Caetano Veloso.
    "Sou um grande amante da atitude, da elegância, e também do esforço político na música de Caetano Veloso. Muitos anos atrás vi o filme de [Pedro] Almodóvar [Fale com Ela, 2002] com essa música e me emocionou muito. Quando fiz turnê na Espanha queria cantar uma música em espanhol, me lembrei dessa versão e tentei fazer a minha", contou Diodato. Também ganharam espaço em suas playlists outros ícones como Tom Jobim e Elis Regina, além de nomes mais contemporâneos, como Rodrigo Amarante e a banda O Terno.
    Mas a música que define seu momento atual na música é "Ti muovi", apresentada na última edição do Festival de Sanremo: "Representa a vontade de se deixar transportar por aquele movimento emocional interior, é um trabalho que há anos tento fazer. A música, para mim, é um trabalho humano de descoberta interior. Espero que a música me permita fazer, por muitos anos, esse movimento emocional, mas também movimento físico".
    "Porque me permite viajar o mundo, eu fico muito feliz ao encontrar culturas novas, alargar os horizontes. Quando você vive só no seu país, se torna muito menos cidadão do mundo.
    Pensa que, de alguma forma, aquele é o mundo. Viajar, por outro lado, coloca em discussão muitas partes de você, te permite fazer coisas novas." Por falar em novidade, apesar da experiência de anos de carreira (seu primeiro EP autoproduzido remonta a 2007, há 17 anos, mas as experiências musicais vêm de antes), Diodato garantiu que ainda mantém a ansiedade para subir em um novo palco: "Sempre. Eu canto em uma língua que é irmã, que pode ser compreensível. É como quando ouço artistas brasileiros, não entendo imediatamente, mas sinto o que estão comunicando. Espero que isso aconteça, que o público sinta algo". (ANSA).
   

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