Cultura

Drama de guerra italiano é aplaudido por 7 minutos em Veneza

Campo di Battaglia tem 1ªGM e gripe espanhola como pano de fundo

Alessandro Borghi, Gianni Amelio e Federica Rosellini no Festival de Veneza

Redazione Ansa

(ANSA) - "Campo di Battaglia", do diretor Gianni Amelio, um dos cinco filmes italianos que concorrem ao Leão de Ouro no br/brasil/noticias/cultura/2024/08/30/relacao-entre-religiao-e-politica-no-brasil-e-destaque-em-veneza_7cc71efe-ffd7-4ab1-84c0-af5cfe0efebc.html" target="_blank" rel="noopener">Festival de Veneza em 2024, foi aplaudido durante sete minutos em sua estreia mundial na mostra cinematográfica.
    A obra, que pode ser traduzida como "Campo de Batalha", é estrelada por Alessandro Borghi, Federica Rosellini e Gabriel Montesi e se passa no último ano da Primeira Guerra Mundial, quando dois amigos de infância trabalham como médicos no mesmo hospital militar no norte da Itália.
    De uma família de classe média alta e com um pai que sonha com um futuro na política para o filho, Stefano (Montesi) está obcecado em identificar militares que se autolesionam para não voltar ao fronte, enquanto Giulio (Borghi) se mostra mais compreensivo e tolerante com os desertores.
    Anna (Rosellini), amiga de ambos desde a universidade, é voluntária da Cruz Vermelha, um trabalho duro que ela realiza com determinação, embora ciente de que é o preço que tem de pagar por ser mulher, em uma época em que poucas tinham diploma de medicina.
    Enquanto isso, muitos doentes começam a piorar misteriosamente, e uma infecção se espalha durante a parte final da guerra, chegando à população civil: a gripe espanhola, protagonista da maior pandemia do século 20.
    "A história não é uma apologia realista contra a guerra, mas sim utópica. Tudo vai em uma direção: as guerras machucam, as vítimas são sobretudo inocentes, então, utopicamente, para detê-las, é melhor que não haja mais braços para segurar rifles. É um paradoxo, claro, mas no qual se baseia a moral do filme", disse Amelio em Veneza.
    Borghi, que emagreceu 12 quilos para o filme, contou que redescobriu o "amor pelo cinema" graças ao diretor de "Campo di Battaglia". "Ao fim deste trabalho, há mais perguntas que respostas. Não se trata de dizer 'sou contra a guerra'. É uma obviedade, todos somos. Aqui caminhamos em uma linha muito fina de escolhas éticas, de relativismo sobre o certo e o errado", afirmou o ator à ANSA. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it