(ANSA) - A inflação na Itália manteve a tendência de desaceleração em junho, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat).
Pela primeira vez desde maio de 2021, o Índice de Preços de Consumo para a Coletividade (NIC) apresentou variação nula em relação ao mês anterior. Já na comparação com junho de 2022, a inflação avançou 6,4%, aumento 1,2 ponto menor que os 7,6% registrados em maio.
"Em junho, a inflação mostra uma clara desaceleração, em um quadro de estabilidade dos preços de consumo no plano conjuntural [comparação com o mês anterior]", afirma o Istat.
Segundo o instituto, a desaceleração se deve sobretudo aos preços de bens energéticos não regulamentados, como combustíveis, que subiram 8,4% em junho em relação a igual período do ano passado, contra os 20,3% registrados em maio.
Já os preços de bens energéticos regulamentados, como tarifas de luz e gás, componente severamente afetado pela guerra na Ucrânia em 2022, tiveram deflação de 29,2% em junho, contra -28,5% de maio.
Com a inflação em desaceleração, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, reclamou da estratégia de elevação dos juros promovida pelo Banco Central Europeu (BCE).
"É justo combater a inflação, mas a receita simplista de aumento dos juros não parece o caminho mais correto aos olhos de muitos", disse a premiê em audiência na Câmara dos Deputados, em Roma.
"O aumento dos preços não é filho de uma economia que cresce rápido demais, mas sim de fatores endógenos, com a crise energética em primeiro lugar. Não podemos não considerar o risco de que o aumento constante das taxas seja um tratamento mais prejudicial que a doença", acrescentou. (ANSA)
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