Economia

Líderes do Mercosul se reúnem a partir desta segunda-feira

O presidente Lula assumirá o comando do bloco por seis meses

Alberto Fernández passará o bastão para Lula no comando do Mercosul

Redazione Ansa

(ANSA) - Começa nesta segunda-feira (3) a reunião da Cúpula do Mercosul em Puerto Iguazú, na Argentina. No encontro, que se estenderá até a terça-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumirá o comando rotativo do bloco pelos próximos seis meses.

Uma das principais missões para o presidente no período será a de destravar o acordo comercial com a União Europeia. A atual fase de negociações é considerada decisiva, e um dos principais bloqueios foi gerado por um documento sobre sustentabilidade apresentado por Bruxelas para ser incluído no acordo, cujas exigências são consideradas muito duras pelos sul-americanos.

A abertura do encontro será conduzida pelo ministro das Relações Exteriores argentino, Santiago Cafiero, com a presença dos presidentes e de ministros dos quatro membros fundadores (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), além da Bolívia e de outros Estados associados.

No caso do Paraguai, a delegação será representada tanto pelo atual presidente, Mario Abdo Benítez, quanto pelo presidente eleito, Santiago Peña.

Em um comunicado oficial, Buenos Aires anunciou que a sessão plenária dos chefes de Estado será comandada pelo presidente argentino, Alberto Fernández, e informou que será a primeira vez desde 2019 em que os líderes dos países do Mercosul participarão presencialmente de uma reunião como essa.

O governo argentino também destacou os progressos nas negociações externas do bloco, especialmente em relação ao acordo com a União Europeia, e informou que em 2022 "o comércio total do Mercosul com o restante do mundo registrou um total de US$ 752,6 bilhões, valor mais alto da história".

Outro assunto que deve entrar em pauta na cúpula é o objetivo do presidente uruguaio, Luis Alberto Lacalle Pou, de desenvolver um acordo bilateral com a China. A possibilidade é vista com resistência pelos governos brasileiro e argentino - para Lula, o bloco deve focar em fechar o acordo com a UE antes de buscar negociações com Pequim. (ANSA)

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