Economia

América Latina atrai investimento estrangeiro recorde em 2022

Dados do Cepal apontam que Brasil é principal receptor

Brasil lidera recepção do investimento estrangeiro direto

Redazione Ansa

(ANSA) - A América Latina e o Caribe receberam fluxos recordes de investimento estrangeiro direto (IED) em 2022, atingindo US$ 224,58 bilhões, o nível mais alto já registrado. O Brasil foi o principal receptor.

A informação consta no relatório anual de 2023 divulgado nesta segunda-feira (10) pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Segundo os dados, o número é 55,2% superior ao registrado em 2021 e o valor máximo desde que os registros foram mantidos.

Desde 2013, os fluxos de IED na região não ultrapassaram os US$ 200 bilhões, o que torna a recuperação de 2022 um marco importante para os investimentos na última década.

Os investimentos transfronteiriços no ano passado se concentraram principalmente nos setores de serviços, hidrocarbonetos e manufatura em países da região. Com este aumento, o peso dos fluxos de IED no PIB das nações também aumentou e atingiu 4,0%.

O Brasil foi o principal país receptor (com 41% do total), seguido pelo México (17%), Chile (9%), Colômbia (8%), Argentina (7%) e Peru (5%), embora o aumento dos fluxos de IED no Brasil foi maior e explicou 56% da variação ano-a-ano de toda a região Só em 2022, o Brasil arrecadou 40,7% do investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina, valor equivalente a US$ 91,5 bilhões.

De acordo com a Cepal, os investimentos no gigante sul-americano também marcaram um aumento de 97% em relação a 2022.

O relatório especifica que "a reativação da participação do capital estrangeiro no Brasil foi uniforme em todos os componentes do índice, com entrada de capital novo igual a 40% do total, reinvestimento de lucros igual a 37% e empréstimos intraempresas igual a 23%".

A distribuição dos investimentos em relação aos diversos indicadores da economia aponta o setor de serviços na liderança, que arrecadou 50% do total, seguido do setor industrial com 34%, e do setor primário com 15% da atividade. Além disso, a petrolífera brasileira e a indústria do gás arrecadou 29% do IED, considerando as atividades extrativas e de refinaria. (ANSA).
   

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