(ANSA) - Os passageiros da Itália enfrentam neste sábado (15) uma paralisação dos aeroviários, cuja greve provocou o cancelamento de centenas de voos e afetará cerca de 240 mil pessoas.
Os funcionários aeroportuários que atuam no solo, em setores como o check-in e o embarque, não vão trabalhar durante oito horas, das 10h às 18h (horário local). De acordo com os sindicatos da categoria, os contratos dos profissionais estão defasados há seis anos e precisam ser renovados imediatamente.
Apesar da paralisação, os principais aeroportos italianos - Malpensa e Linate, em Milão, e Fiumicino, em Roma - amanheceram praticamente vazios já que a maioria dos passageiros foi notificada para reagendar suas viagens.
As empresas já haviam avisado sobre a greve, convocada em junho, e todos os seus clientes puderam ser realocados nos primeiros voos úteis.
Até o momento, 516 voos já foram cancelados, mas acredita-se que pelo menos mil estão em risco. Somente no aeroporto de Fiumicino 200 voos entre chegadas e partidas nacionais e internacionais devem ser cancelados durante o dia.
Nos aeroportos de Milão Linate e Malpensa há muitos táxis vazios e disponíveis. Não há fila, apenas alguns passageiros se dirigindo aos "portões" de embarque em um silêncio surreal.
Além disso, os pilotos da companhia Malta Air, que opera os voos da low-cost Ryanair, também vão entrar em greve entre 12h e 16h (horário local) por causa de "um acordo totalmente insatisfatório para a categoria e o encerramento total do diálogo por parte da companhia", assim como os pilotos e comissários da Vueling.
Ontem, a estatal de aviação ITA Airways já havia informado que, por causa da greve, cancelou 133 voos nacionais e internacionais, mas que "ativou um plano extraordinário" para evitar transtornos. (ANSA).