(ANSA) - O ministro da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, defendeu nesta segunda-feira (17) a necessidade de políticas monetárias prudentes para enfrentar a atual crise econômica global.
A declaração foi dada durante uma reunião dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países do G20 em Gandhinagar, no estado de Gujarat, na Índia.
"Sobre as políticas monetárias, acreditamos que é necessária uma abordagem equilibrada e prudente diante de um crescimento da economia global que mostra uma tendência de queda como consequência do conflito na Ucrânia e dos efeitos da inflação persistente", disse ele.
Giorgetti destacou a importância de intervenções direcionadas para "proteger os mais vulneráveis e promover investimentos para aumentar o potencial de nossas economias contra o risco de recessão".
O encontro entre os líderes no território indiano deve ser pautado pelo combate à inflação, crises bancárias, regras para criptomoedas, tributação de multinacionais, além das dívidas de países em desenvolvimento.
Na prática, porém, a cúpula está destinada a ser dominada, mais uma vez, pela guerra russa na Ucrânia que criou dois blocos: os Estados Unidos e seus aliados de um lado, China e Rússia, do outro, lutando para ganhar influência global.
A Itália é representada pelo presidente do Banco da Itália, Ignazio Visco, e por Giorgetti, que tem vários encontros bilaterais agendados à margem da cúpula. Hoje, inclusive, o ministro italiano se reuniu com o novo presidente do Banco Mundial, Aiay Banga, e a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
Durante a conversa "cordial e construtiva" na reunião bilateral entre Giorgetti e Banga, surgiu o interesse comum em fortalecer a colaboração para o desenvolvimento de projetos ligados a fontes renováveis na África.
Em particular, o ministro italiano expressou seu apreço pela recente aprovação pelo Banco Mundial do projeto Elmed, para conectar a rede elétrica da Tunísia e da Itália, e reiterou como a ambição de seu país é se tornar o hub energético da Europa com benefícios para ambas as margens do Mediterrâneo.
Já durante a reunião com Georgieva, Giorgetti discutiu sobre o programa de apoio às reformas na Tunísia e concordou em intensificar a colaboração entre Itália e o FMI em relação da presidência do G7 em 2024. (ANSA).