(ANSA) - O governo da Itália anunciou nesta sexta-feira (4) um acordo para controlar os preços de produtos básicos durante o último trimestre de 2023, apesar da negativa da indústria de transformação em participar da iniciativa.
O protocolo foi assinado pelo ministro das Empresas e do Made in Italy, Adolfo Urso, e por associações de distribuidores e varejistas, com o objetivo de combater a alta do custo de vida no país.
A iniciativa foi batizada como "trimestre anti-inflação" e prevê preços controlados de itens da cesta básica, mas a lista de produtos participantes só deve ser anunciada em setembro.
"Estamos convencidos de que daremos um golpe definitivo na inflação, a reduzindo para níveis naturais", declarou Urso No entanto, ainda é incerto se a decisão da indústria de não se juntar ao acordo pode comprometê-lo. "Uma ação conjunta certamente permitiria melhores resultados", disse o diretor da Associação Nacional das Cooperativas de Consumidores (Ancc), Albino Russo.
Já o presidente da União Nacional dos Consumidores, Massimiliano Dona, afirmou que o "trimestre anti-inflação" é uma "operação de marketing" do governo. "Trata-se de uma cartinha ao Papai Noel na qual todos se comprometem genericamente a ser melhores, porém sem explicar como", acrescentou.
Segundo dados ainda preliminares, a inflação na Itália fechou o mês de julho em 6%, na comparação com igual período do ano passado, mas os preços de gêneros alimentares manufaturados cresceram 10,9%, enquanto os não manufaturados subiram 10,4%. (ANSA)
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