(ANSA) - A empresa Evergrande, gigante chinesa do setor imobiliário que já foi a segunda maior do país, entrou com um pedido de proteção contra falência nesta quinta-feira (17), no tribunal de falências de Manhattan, em Nova York.
A incorporadora busca se enquadrar no capítulo 15 da lei das falências dos Estados Unidos, voltado para empresas internacionais, e pede proteção dos credores enquanto tenta se reerguer.
Ao todo a companhia acumula dívidas de empréstimos que chegaram a 2,4 trilhões de yuans (R$ 1,7 tri) no final de 2022, valor tão alto que gerou uma crise imobiliária na China e representa cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
A inadimplência gerou um efeito cascata que atingiu as empresas que representam 40% das vendas de imóveis chineses.
No pedido, a Evergrande pede o reconhecimento das reuniões de reestruturação em curso em Hong Kong, nas Ilhas Cayman e nas Ilhas Virgens Britânicas.
Em nota à Bolsa de Valores de Hong Kong, a empresa disse que "deseja esclarecer que está levando adiante sua reestruturação da dívida offshore confirme previsto. A solicitação é um procedimento normal e não indica pedido de falência". (ANSA).