(ANSA) - Um grupo de quase 300 milionários, economistas e políticos de quase todos os países do G20 divulgou nesta terça-feira (5) uma carta aberta em que pede o aumento dos impostos contra os chamados "super-ricos".
No documento, os signatários afirmam que o "acúmulo de riqueza extrema por parte dos indivíduos mais ricos do mundo se tornou um desastre econômico, ecológico e de direitos humanos, ameaçando a estabilidade política em todo o planeta".
A iniciativa é promovida pelas organizações Oxfam, Patriotic Millionaires, Earth 4 All, Millionaires for Humanity e Institute for Policy Studies, em vista da cúpula de líderes do G20 em 9 e 10 de setembro, na Índia.
O grupo reúne 19 países mais a União Europeia, e o apelo é voltado a estabelecer um novo acordo internacional sobre a taxação de grandes patrimônios, após a fortuna dos bilionários ter mais que dobrado, de US$ 5,6 trilhões a US$ 11,8 trilhões, em uma década.
Entre os signatários da carta estão a herdeira e filantropa Abigail Disney, ex-primeiros-ministros de Bulgária, Croácia, República Tcheca e Romênia e o economista Thomas Piketty.
Segundo o documento, para cada dólar de arrecadação fiscal em escala global, apenas quatro centavos são provenientes de impostos patrimoniais. Com as regras atuais, metade dos milionários do mundo não estará sujeita a nenhum imposto de sucessão.
"Esperamos que o apelo ao G20 não caia no vazio e estimule ações por parte dos governos. Não é fácil, mas vale a pena", disse o assessor de justiça fiscal da Oxfam Itália, Mikhail Maslennikov. (ANSA)
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