Economia

Estimativa indica inflação de 5,7% na Itália em 2023

Resultado preliminar aponta forte desaceleração sobre 2022

'Trimestre anti-inflação' foi tentativa do governo Meloni de conter alta dos preços

Redazione Ansa

(ANSA) - A inflação na Itália encerrou o ano de 2023 em 5,7%, em forte desaceleração em relação ao índice de 8,1% registrado em 2022.

O resultado se baseia em estimativas ainda preliminares divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) nesta sexta-feira (5).

De acordo com o órgão, o Índice Nacional de Preços ao Consumo para a Coletividade (NIC) avançou 0,6% em dezembro, na comparação com igual período do ano anterior - em novembro, a alta havia sido de 0,7%.

Segundo o Istat, a desaceleração se deve ao "alívio das tensões sobre os preços dos bens energéticos", que registraram deflação de 41,7% em dezembro, contra -34,9% de novembro - sempre em relação ao mesmo período de 2022.

Por outro lado, a inflação dos alimentos encerrou 2023 com alta de 9,8%, contra 8,8% do ano anterior. Além disso, o índice de preços na Itália no ano passado (+5,7%) foi quase o dobro da média na zona do euro (+2,9%), segundo o Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat).

"A desaceleração da inflação é atribuível unicamente à redução dos preços de bens energéticos, enquanto o crescimento continua para os bens primários, como alimentos", afirmou Carlo Rienzi, presidente da associação de defesa dos consumidores Codacons.

Ao longo de 2023, a gestão da premiê Giorgia Meloni adotou diversas iniciativas para tentar segurar a inflação, como um teto aos preços de alimentos e a exibição e cartazes nos postos de gasolina para os motoristas compararem os valores médios de cada região com aqueles praticados no estabelecimento.

"As medidas adotadas pelo governo não tiveram os efeitos esperados", sentenciou Rienzi. (ANSA)

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