Economia

Governos de Itália e China discutem 'relançamento das relações'

Tajani e Wang Wentao se reuniram em Roma nesta segunda

Tajani e Wang se reuniram na Farnesina

Redazione Ansa

(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, se reuniu nesta segunda-feira (16) com o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, em um "importante relançamento das relações entre os países" e reiterou o apoio de seu governo à posição da União Europeia (UE) a respeito dos impostos sobre os automóveis chineses.
    No encontro na Farnesina, em Roma, o chanceler italiano reafirmou o "desejo" da Itália de "colaborar" com a China, "país que é um interlocutor, mas também um concorrente nos mercados internacionais".
    "Reiterei a posição da Itália em relação aos impostos sobre os automóveis, apoiamos a posição da UE", declarou ele.
    Tajani enfatizou ainda que o governo de Giorgia Meloni está disposto a "colaborar com as pequenas e médias empresas com iniciativas muito positivas" que foram acordadas e que também serão reiteradas por ocasião da visita do presidente da Itália, Sergio Mattarella, a Pequim, a qual ele acompanhará.
    Esta é a terceira reunião em um ano entre o chanceler italiano e Wang, após dois encontros realizados em Pequim, em setembro de 2023, e em Verona, em abril passado, por ocasião da 15ª Comissão Econômica Mista e do Fórum de Diálogo Empresarial.
    "As relações entre a Itália e a China atravessam uma importante fase de relançamento, com o objetivo comum de fortalecer e atualizar a Parceria Estratégica Global Itália-China, que desde 2004 constitui o quadro de referência para o desenvolvimento das nossas relações", declarou Tajani.
    O vice-premiê explicou que "a China é o nosso primeiro parceiro comercial na Ásia e o segundo entre os países terceiros, depois dos Estados Unidos" e reiterou a necessidade de um acesso justo ao mercado chinês e de condições de igualdade para as empresas, em particular para as PME e para as companhias do setor agroalimentar.
    Entre as questões internacionais abordadas, a guerra na Ucrânia e a crise em Gaza e no Mar Vermelho também foram discutidas: "Levantei a questão dos fornecimentos militares à Rússia", disse Tajani, reforçando que "a colaboração da China é fundamental também em vista da próxima conferência de paz".
    Durante o encontro foi também discutido o tema da proteção da propriedade intelectual, intercâmbio comercial no setor agroalimentar e investimento.
    Por fim, Tajani manifestou satisfação ao ministro chinês pela inauguração - no dia 26 de setembro - da ligação aérea direta entre Veneza e Xangai, operada pela companhia aérea "China Eastern Airlines". (ANSA).
    Leggi l'articolo completo su ANSA.it