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Diplomacia cultural segue o ritmo dos jovens

Diretores de institutos italianos discutem técnicas em Florença

Evento ocorre em Florença

Redazione Ansa

(ANSA) - Por Francesco Betrò - Música, esporte e videogame. Instrumentos para aproximar os jovens do mundo à Itália. Ao centro do segundo dia dos Estados Gerais da diplomacia cultural em Florença, a palavra de ordem é diversificação, com a qual atingir e fazer com que dialoguem as diversas gerações que estão envolvidas com os 86 Institutos Italianos de Cultura espalhados pelos vários países.

Um papel fundamental é desempenhado pelos jovens diretores. "A missão dos Institutos é alcançar a todos, ser inclusivos em todos os aspectos", disse Serena Alessi, do Instituto de La Valletta, em Malta, que recentemente organizou um set de música eletrônica em colaboração com uma casa de festas do país.

Um evento "fácil de organizar" que vai além do mero entretenimento, graças ao "momento de formação onde discutimos sobre música eletrônica e o que é de qualidade na Itália".

Uma abordagem semelhante foi seguida em Montreal, no Canadá, através da colaboração com festivais e universidades.

A ideia, explicou o diretor Sandro Cappelli, é criar um centro forte focado em realidade aumentada, videogames e arte contemporânea de maneira geral, com uma inclinação para o audiovisual.

Mas não se trata apenas da produção artística contemporânea.

O desafio dos Institutos de Cultura é também tornar a arte tradicional, como a pintura, escultura e ópera que fazem parte do patrimônio histórico italiano, mais intrigante e atrativa.

Apresentá-las de forma nova e inovadora, "também com o uso de novas tecnologias", enfatizou Alessandro De Pedys, Diretor Geral para a diplomacia pública e cultural.

Um trabalho que "certamente está mais alinhado com um diretor jovem do que com um diretor mais velho, pois são nativos digitais e estão muito avançados nessas tecnologias".

Uma missão que foi cumprida em Edimburgo com o projeto Farnesina Digital Art Experience, já experimentado em Roma, mas agora apresentado de forma escocesa.

"Iluminamos um dos monumentos icônicos da cidade de Edimburgo, o National Monument, com um espetáculo de arte digital que viralizou nas redes sociais, especialmente no Instagram", explicou a diretora do Instituto Chiara Avanzato.

As imagens iluminadas de pinturas escocesas, animadas pela voz de Maria Callas, criaram uma atmosfera irresistível para compartilhar com seus seguidores.

Não apenas consumidores, mas cada vez mais frequentemente também "influenciadores culturais" do nosso país no mundo, enfatizou Avanzato: "Os jovens italianos despertam curiosidade sobre nosso território e nossa tradição".

As novas tecnologias estão mudando a forma de produzir e desfrutar da arte. Cinema, futebol, música não são mais vivenciados como antigamente, "hoje os consumimos no celular, no tablet, e a cultura não é exceção", destacou Filippo La Rosa, Diretor Central de Promoção da Cultura e Língua Italiana.

A linguagem digital permite levar ao exterior um patrimônio que não é transportável, "como os mosaicos que estão nas paredes de nossas basílicas ou no solo de nossos parques arqueológicos".

Mas são necessários mais recursos e formação, "tanto financeiros quanto de pessoal", porque somente assim - acredita a diretora do Instituto de Bucareste, Laura Napolitano - poderemos responder à grande ambição que essas instituições têm.
    (ANSA).
   

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