O br/brasil/noticias/embaixadas_ultimas_noticias/2024/02/16/italia-restitui-fossil-de-110-milhoes-de-anos-ao-brasil_7eac7e2f-6bac-4bbb-a4a7-c682b28e63ad.html">embaixador brasileiro em Roma, Renato Mosca de Souza, disse que a "italianidade" está muito presente no Brasil e que a Itália precisa de trabalhadores estrangeiros para sua economia.
"Os brasileiros nutrem especial afeição pela Itália e pelos italianos. Milhões de famílias têm parentes na Itália. Além das afinidades, as pessoas admiram a cultura, a língua, os produtos. Somos parecidos no comportamento, nos valores, povos criativos, empreendedores", destacou o diplomata em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Mosca de Souza lembrou que existem "quase 1 milhão de brasileiros com passaporte italiano" e "milhares na fila para obtenção de cidadania", muitos dos quais escolhem a Itália para viver.
"Às vezes se ventilam propostas para limitar acesso de estrangeiros, de reconhecimento de cidadania, mas esta é uma visão sem conexão com a realidade. Os dados demográficos italianos estão encolhendo, apesar da chegada de muitos imigrantes. O mercado de trabalho demanda profissionais em número maior que a oferta interna", afirmou o embaixador, acrescentando que a Itália enfrenta um "inverno demográfico".
"Portanto, não faz sentido bloquear o acesso de estrangeiros. A economia italiana precisa desses profissionais", salientou.
Segundo Mosca de Souza, os brasileiros estão "qualificados" para atender à demanda por mão de obra no país europeu, embora existam "muitas barreiras, como a burocracia e os custos de vida". "Estamos trabalhando para facilitar o acesso dos brasileiros que escolhem este caminho", garantiu.
O diplomata também disse que os 150 anos da imigração italiana no Brasil motivam "um novo impulso no nosso relacionamento, após alguns anos de letargia". "A origem italiana da minha família é um elemento adicional que me motiva na reconstrução dessa relação, afirmou. (ANSA).
Embaixador quer facilitar acesso de brasileiros à Itália
Renato Mosca de Souza citou custo e burocracia como barreiras