(ANSA) - A Stellantis e a Alliance Nickel anunciaram nesta sexta-feira (28) a assinatura de um contrato de aquisição vinculativo para o fornecimento de 170 mil toneladas de sulfato de níquel e 12 mil toneladas de sulfato de cobalto em um período inicial de cinco anos.
Isto representa aproximadamente 40% da produção anual estimada do Projeto NiWest Nickel-Cobalt na Austrália Ocidental.
Além disso, a Stellantis fez um acordo para comprar 9,2 milhões de euros em novas ações da Alliance Nickel, com uma participação total de 11,5% e direito de nomear um diretor para o conselho da Alliance.
"Os compromissos do Dare Forward 2030 e as nossas diretrizes para liderar a descarbonização industrial são construídos com base na garantia do fornecimento de matérias-primas para nossos veículos elétricos à bateria. A parceria com a Alliance Nickel é um elemento importante do nosso plano para fornecer mobilidade limpa, segura e acessível para pessoas em todo o mundo", afirmou o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, em comunicado.
Já o diretor executivo e CEO da Alliance, Paul Kopejtka, ressaltou que os contratos vinculativos com o grupo "são transformadores para o futuro" e que "eles validam nossa estratégia de desenvolvimento para o Projeto de Níquel-Cobalto da NiWest e abrem novas opções fundamentais de financiamento, baseada em uma relação entre cliente e investidor de primeiro nível".
Os contratos e a obtenção de ações solidificam a parceria entre as duas empresas, iniciada em outubro de 2022. Os fundos da compra de ações serão aplicados na conclusão do Estudo de Viabilidade Definitivo do Projeto NiWest e nas obras de design de engenharia, previstas para o último trimestre de 2023.
A Stellantis está estabelecendo parcerias importantes para garantir estabilidade no fornecimento de materiais fundamentais para seu futuro eletrificado. Além da Alliance Nickel, há parceiras com a McEwen Copper, Terrafame, Vulcan Energy, Element 25 e a Controlled Thermal Resources.
O grupo automobilístico tem como plano estratégico ter 100% de veículos elétricos a bateria (BEV) no mix de vendas de carros de passeio na Europa e 50% do mix de vendas de carros de passeio e picapes nos Estados Unidos até 2030. (ANSA).