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Lufthansa comprará 41% da ITA Airways por 325 milhões de euros

Empresa alemã quer transformar Fiumicino em hub para América do Sul

Aviões da ITA e da Lufthansa no Aeroporto de Fiumicino

Redazione Ansa

(ANSA) - O Ministério da Economia e das Finanças da Itália e a Lufthansa confirmaram nesta quinta-feira (25) o acordo para a venda de uma participação de 41% na companhia aérea estatal ITA Airways para o grupo alemão.

A operação se dará por meio de um aumento de capital de 325 milhões de euros, com a opção de comprar todas as ações remanescentes em um segundo momento. O governo italiano, por sua vez, também se comprometeu a alocar mais 250 milhões de euros na ITA.

O pacto marca o fim de uma novela que se arrasta há vários anos, desde as sucessivas crises na extinta Alitalia, que deixou de operar em 2021 para dar lugar à sua sucessora.

"O dia de hoje é o fim de um percurso na história da companhia de bandeira nacional, levando à perspectiva de integração com uma importante companhia aérea europeia. Estamos convencidos de que essa decisão permitirá que o mercado de aviação se desenvolva no interesse da Itália", comemorou o ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, após uma reunião em Roma com o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr.

"O acordo vai criar uma situação vantajosa para a Itália, a ITA Airways e o grupo Lufthansa. É uma boa notícia para os consumidores italianos e para a Europa", disse Spohr, ressaltando que a estatal pode "se transformar em uma companhia aérea sustentável e lucrativa".

Um dos objetivos da Lufthansa é transformar o Aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma, em um hub do grupo para a América Latina e a África, além de aumentar a frota da ITA dos atuais 71 aviões para 94 até 2027. Já o número de funcionários passaria de 4,3 mil para 5,5 mil - a Alitalia tinha mais de 10 mil.

"A ITA Airways continuará sendo a companhia aérea de referência na Itália e a representar o orgulho italiano no mundo", diz um comunicado do Ministério da Economia.

Após a assinatura, que será formalizada em breve, o acordo ainda terá de ser submetido ao Tribunal de Contas da Itália e à Direção-Geral de Concorrência da União Europeia. (ANSA)

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