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UE aprofunda investigação sobre acordo ITA-Lufthansa

Prazo para decisão final termina em 6 de junho

Avião da companhia aérea italiana ITA Airways

Redazione Ansa

(ANSA) - O poder Executivo da União Europeia decidiu abrir uma investigação aprofundada sobre a compra de 41% da companhia aérea estatal italiana ITA Airways pela alemã Lufthansa.

A primeira etapa da análise havia sido iniciada pela Comissão Europeia em 30 de novembro, após a notificação de Bruxelas pelas partes envolvidas, e o prazo para resposta terminava em 29 de janeiro.

No entanto, a UE acredita que "a operação poderia reduzir a concorrência" em diversas rotas de curto e longo alcance, portanto resolveu passar à fase dois da análise pelo órgão antitruste.

O prazo agora é de 90 dias úteis, terminando em 6 de junho de 2024, para uma decisão final.

Os compromissos apresentados pela Lufthansa em 8 de janeiro para responder a preocupações preliminares da Comissão Europeia foram considerados "insuficientes".

Bruxelas disse que as duas companhias aéreas competem "cabeça a cabeça" no mercado de rotas de curto alcance entre a Itália e países da Europa central.

No caso das viagens de longa distância, a UE vai avaliar se as atividades de ITA, Lufthansa e dos parceiros comerciais United Airlines e Air Canada devem ser tratadas como uma coisa só após a fusão.

A operação, segundo o Executivo europeu, "poderia reduzir a concorrência em algumas rotas entre Itália e Estados Unidos, Canadá, Japão e Índia". Além disso, a UE apontou que o acordo arrisca reforçar a posição dominante da ITA no Aeroporto de Milão-Linate.

"Queremos garantir que a compra da ITA não reduza a concorrência e não resulte em aumento de preços, menor disponibilidade ou qualidade inferior dos serviços de transporte aéreo de passageiros com destino ou origem na Itália", disse a vice-presidente da Comissão Europeia e comissária da UE para Concorrência, Margrethe Vestager.

Em maio de 2023, o governo da premiê Giorgia Meloni aceitou uma proposta para vender 41% da ITA para a Lufthansa por 325 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão), mas o negócio depende do aval da União Europeia.

"Continuamos trabalhando em modo construtivo com a Comissão neste processo para uma rápida conclusão da análise e a sucessiva realização do investimento", afirmou a empresa alemã em nota, acrescentando que acredita "firmemente" que a transação será autorizada. (ANSA)

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