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CEO da Lufthansa se diz 'otimista' sobre plano de compra da ITA

Poder Executivo da UE precisa aprovar operação

Lufthansa pode comprar ITA Airways

Redazione Ansa

(ANSA) - O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, declarou nesta quarta-feira (20) estar “otimista” sobre a possível compra da ITA Airways.

“Queremos fechar o acordo, obtendo a aprovação da Comissão Europeia [Poder Executivo da UE] o mais rápido possível, e ainda estou otimista porque todo político com quem converso em Berlim, Roma e também em Bruxelas entende que a Ita merece um futuro, a economia italiana merece estar conectada, e a cooperação entre Lufthansa e Ita é a resposta”, disse.

As declarações foram dadas a jornalistas, à margem do evento especializado Aviation Summit, em Bruxelas.

"Eu não trabalharia no setor da aviação se não fosse uma pessoa otimista", acrescentou Spohr.

No mesmo evento, Michael O’Leary, CEO da Ryanair, principal companhia em operação na Itália atualmente, disse que a Comissão Europeia deve aprovar a operação, “desde que haja uma renúncia efetiva de 30% dos slots em Fiumicino [Roma] e Linate [Milão]”.

Os slots aeroportuários são permissões para que a companhia aérea use toda a infraestrutura necessária para sua operação, entre pousos e decolagens, em grandes aeroportos, em horários de grande movimento.

“Os remédios para obter a aprovação da UE são simples: basta renunciar a 30% dos slots nos dois hubs italianos. A quota deveria então ser distribuída para easyJet, WizzAir e Ryanair, para ter uma verdadeira concorrência", afirmou O’Leary.

Segundo ele, diante dessas condições, não haverá razões para recorrer caso a União Europeia aprove a união entre as empresas.

"A Lufthansa fará com a ITA o que já fez em Bruxelas, na Suíça e na Áustria: aumentará os preços e levará os passageiros para seus principais aeroportos em Munique e Frankfurt. Não fará a Itália crescer, nem o tráfego aéreo italiano, nem o turismo, e esta não é a maneira de seguir para a Itália", criticou O'Leary, acrescentando que "pelo menos a Ita sobreviverá como subsidiária".

 (ANSA).
   

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