O grupo automotivo Stellantis, dono de marcas como Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot, anunciou um plano estratégico para consolidar sua liderança de mercado na América do Sul e impulsionar a mobilidade limpa na região.
Chamado "Next Level" ("Próximo Nível", em tradução livre), o programa se insere no plano global Dare Forward 2030 e é formado por seis pilares: aceleração do negócio, experiência do cliente, excelência operacional, descarbonização, finanças e pessoas, com a atração de talentos para fortalecer a empresa como uma companhia de tecnologia em mobilidade.
"Uma das características da Stellantis na América do Sul é ter uma liderança muito forte, o que comporta a responsabilidade de levar a indústria à transição tecnológica e à evolução da mobilidade na região", disse o presidente da Stellantis na América do Sul, Emanuele Cappellano, em coletiva de imprensa com jornalistas brasileiros.
Segundo o executivo, o grupo quer aproveitar a vantagem competitiva do subcontinente em relação a outras partes do mundo: a matriz energética limpa.
O "Next Level" chega cerca de um mês e meio depois de a Stellantis ter anunciado o maior plano de investimentos da história na indústria automotiva sul-americana, com R$ 30 bilhões no Brasil e R$ 2 bilhões na Argentina entre 2025 e 2030.
Desse montante, Cappellano confirmou que R$ 13 bilhões serão destinados ao polo automotivo de Goiana, em Pernambuco, o que resultará na ampliação do parque local de fornecedores para mais de 100 empresas.
"Mas todas as nossas plantas vão receber as plataformas novas. Enxergamos grande potencial para todas as nossas marcas", garantiu o executivo. Ao todo, a Stellantis prevê 10 lançamentos no Brasil em 2024, entre modelos inéditos e atualizações. Até o momento, já foram apresentados os novos Jeep Compass e Commander, o Fiat Titano e o Citroën Basalt, SUV-cupê que será produzido em Porto Real (RJ).
Também está previsto para o segundo semestre o lançamento dos primeiros carros da plataforma Bio-Hybrid, os híbridos flex da Stellantis, mas as marcas escolhidas ainda são mantidas em segredo. (ANSA).