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UE promete investir 2 bilhões de euros em hidrogênio verde no Brasil

Ursula von der Leyen e Lula se reuniram no Palácio do Planalto

Ursula von der Leyen se reúne com Lula em Brasília

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, ao receber hoje a chefe do poder Executivo da UE, Ursula von der Leyen, no Palácio do Planalto.

Lula disse que, para avançar no acordo, é preciso reforçar a "confiança" entre os dois lados, ao invés de apostar em sanções para conter o desmatamento.

"A premissa entre parceiros estratégicos é a da confiança mútua, e não da desconfiança e das sanções", afirmou o presidente, em referência a um instrumento apresentado recentemente por Bruxelas e que amplia as obrigações ambientais do Brasil, que estaria sujeito a sanções em caso de descumprimento.

Lula destacou que é preciso respeitar os interesses de todos nas negociações, mas apontou que algumas leis aprovadas na UE possuem efeitos "extraterritoriais" e "modificam o espírito do acordo".

Von der Leyen, por sua vez, garantiu que está confiante na assinatura do pacto comercial UE-Mercosul ainda em 2023. Durante o encontro com Lula, a alemã disse ter expectativa de que o tratado seja finalizado "o quanto antes". "No mais tardar, no fim do ano", ressaltou.

Segundo Von der Leyen, o acordo fortalecerá os dois blocos, aumentará a "competitividade" e contribuirá para a "industrialização" do Brasil, tema caro ao governo Lula.

A presidente também prometeu investir 2 bilhões de euros para apoiar a produção de hidrogênio verde e promover a eficiência energética no Brasil, além de se comprometer com 20 milhões de euros para o Fundo Amazônia. "Devemos unir nossas forças na luta contra as mudanças climáticas", destacou Von der Leyen, acrescentando que o Brasil é uma "superpotência das energias renováveis".

"Nós temos a aprender com vocês. Hoje lançamos um projeto importante do programa Global Gateway, e investiremos 2 bilhões de euros para apoiar a produção de hidrogênio verde e para promover a eficiência energética na sua indústria", ressaltou a alemã. (ANSA)

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