(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (11) que a grande vantagem do Brasil neste momento é ser reconhecido "como um exemplo mundial em energia limpa".
A declaração foi dada em discurso no Rio de Janeiro durante a apresentação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa que busca estimular a economia com investimentos em obras públicas.
O petista lembrou que, enquanto a Europa, Ásia e América do Norte lutam para encontrar modos de reduzir suas emissões de carbono, o Brasil tem um enorme potencial de energia limpa e renovável a explorar.
"Podemos produzir mais - seja na indústria, seja no campo - sem gerar mais carbono, sem destruir nossa mata. Temos uma das matrizes energéticas mais limpas e renováveis do mundo, e vamos investir cada vez mais em energia solar e eólica, biodiesel e biomassa", acrescentou ele, reforçando que "muito em breve o Brasil vai se tornar uma potência mundial em hidrogênio verde.
Além disso, Lula enfatizou que o crescimento do Brasil voltará a ser correto e acelerado, mas precisará ser sustentável, porque "o planeta não aguenta mais a pressão ambiental".
"Não há como pensar em qualquer forma de crescimento econômico, em qualquer forma de geração de riqueza, que não seja de forma verde e sustentável", afirmou.
O presidente explicou ainda que mais de 80% da capacidade instalada de geração de energia prevista no programa é de energia limpa e sustentável e prometeu aumentar "de forma significativa as já robustas linhas de transmissão do sistema elétrico, para que a energia limpa gerada no Nordeste brasileiro esteja cada vez mais presente em todo o país".
Em relação à transição e segurança energética, o governo pretende investir em geração e transmissão de energia, na universalização do fornecimento de luz, em pesquisa mineral e em combustíveis de baixo carbono, "priorizando projetos que gerem empregos verdes e desenvolvimento tecnológico em bases sustentáveis".
Ao todo, estão previstos R$ 41,5 bilhões em investimentos em energia solar, R$ 22 bilhões em eólica e R$ 1,5 bilhão em hidrelétricas, mas o programa também destina R$ 6,7 bilhões para usinas térmicas a gás, altamente poluentes.
"Com energia limpa, e pensando estrategicamente na sustentabilidade, daremos impulso a uma nova fase de industrialização do país, que irá reverter a crise vivida por este setor, tão negligenciado nos últimos anos", concluiu Lula. (ANSA).
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