Esporte

Djokovic é detido novamente em hotel de imigrantes em Melbourne

Decisão sobre a deportação deve sair neste domingo

Novak Djokovic ainda não sabe se disputará Aberto da Austrália

Redazione Ansa

(ANSA) - Após 10 dias de idas e vindas, segue o impasse a respeito da participação do tenista número 1 do mundo, o sérvio Novak Djokovic, no Aberto da Austrália, onde ele planeja se tornar o maior vencedor de Grand Slams da história.

Faltando dois dias para sua estreia no torneio, Djokovic foi detido novamente neste sábado (15) em um hotel para imigrantes sem documentos em Melbourne, enquanto aguarda o julgamento de seu caso pela Corte Federal da Austrália, previsto para a manhã deste domingo (16).

O tenista já teve seu visto de entrada recusado duas vezes, primeiro pelas autoridades do estado de Victoria e depois pelo ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, mas em ambas a deportação foi barrada pela Justiça.

O país exige de viajantes estrangeiros a comprovação de vacinação contra a Covid-19 ou a apresentação de um atestado médico que justifique a falta de imunização.

Djokovic, que não está vacinado e nunca escondeu sua postura antivax, disse que pegou o novo coronavírus em dezembro, o que o dispensaria da exigência vacinal, porém suas próprias redes sociais mostram que ele não ficou em isolamento após a data do suposto teste positivo.

O sérvio passou a última semana em liberdade, mas voltou a ser detido na manhã deste sábado no Park Hotel, em Melbourne, um local geralmente usado para prender migrantes e refugiados que tentam entrar no país sem autorização.

O júri da Corte Federal será composto por três membros - James Allsop, Anthony Besanko e David O'Callaghan -, e sua decisão sobre o caso deve ser definitiva.

O ministro Hawke alega que a presença de Djokovic no Aberto da Austrália poderia "encorajar o sentimento contra as vacinas", mas a defesa do sérvio afirma que a própria deportação fomentaria grupos antivax.

Questionado por um jornalista sobre o caso, o tenista espanhol Rafael Nadal, que está empatado com Djokovic e o suíço Roger Federer como maior vencedor de Grand Slams da história, disse neste sábado que "nenhum tenista é mais importante que um torneio".

"O Aberto da Austrália é muito mais importante do que qualquer jogador. Se ele finalmente jogar, ok. Se ele não jogar, o Aberto da Austrália também vai ser muito bom, com ou sem ele", declarou. (ANSA)

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