Esporte

Infantino diz que mais Copas evitarão mortes de migrantes no mar

Cartola disse que o futebol precisa ser mais global e inclusivo

Infantino quer realizar mudanças no calendário do futebol

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, causou polêmica nesta quarta-feira (26) ao dizer que as mudanças no calendário do futebol, como a disputa da Copa do Mundo a cada dois anos, podem impedir que os migrantes africanos embarquem em perigosas travessias no Mar Mediterrâneo.

Em um discurso a parlamentares em Estrasburgo, Infantino comentou que o futebol está sendo dominado por poucos que "possuem tudo" e declarou que o esporte necessita ser mais global e inclusivo.

"A questão não é se queremos uma Copa do Mundo a cada dois anos, mas o que queremos fazer pelo futuro. Precisamos dar esperança aos africanos para que eles não precisem atravessar o Mediterrâneo para encontrar, talvez, uma vida melhor, mas mais provavelmente a morte no mar. Precisamos dar oportunidades e dignidade, não fazendo caridade, mas permitindo que o resto do mundo participe", declarou o ítalo-suíço.

A ideia da Fifa de organizar uma Copa do Mundo a cada dois anos é bastante controversa e sofre grande resistência. De acordo com a federação, a disputa do megaevento esportivo de forma bienal criaria uma receita bilionária, quantia que seria canalizada para o crescimento do esporte em nações menos desenvolvidas.

Em relação ao Mundial de 2022, no Catar, Infantino falou que a Copa do Mundo possibilitou melhorar o respeito aos direitos humanos dos trabalhadores no país.

"As situações não mudam da noite para o dia, basta pensar em quanto tempo passou para a Europa dar alguns passos à frente, mas devemos reconhecer que no Catar houve mudanças e avanços, mesmo que seja verdade que ainda há muito a ser feito", disse Infantino.

A Fifa já recebeu um pedido da Anistia Internacional (AI) para pressionar o Catar a melhorar as condições dos trabalhadores estrangeiros no país. Ao longo das Eliminatórias, jogadores de diversas seleções entraram em campo se manifestando contra as ruins condições dos funcionários que trabalham nas obras da Copa. (ANSA).
   

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