(ANSA) - O dono do Chelsea, Roman Abramovich, confirmou que está vendendo o clube, conforme havia sido anunciado pela mídia britânica nesta quarta-feira (2).
O oligarca russo, que ainda não é alvo das sanções ocidentais por conta da guerra mesmo sendo próximo ao presidente Vladimir Putin, declarou que "todo o lucro líquido" obtido com a negociação "será inteiramente devolvido para uma fundação que ajudará as vítimas da guerra na Ucrânia".
"Eu gostaria de falar sobre a especulação da mídia nos últimos dias sobre a minha relação como dono do Chelsea FC. Como eu afirmei antes, eu sempre tomei decisões com o coração no melhor interesse do clube. Na atual situação, eu já tomei a decisão de vender o clube porque eu acredito que isso é o melhor para o time, para os torcedores, os funcionários bem com aos patrocinadores do clube e dos parceiros", informou o russo em nota.
O comunicado ainda ressalta que "nada" vai ser solicitado financeiramente do Chelsea para compensá-lo pela saída porque "isso nunca foi sobre negócios ou dinheiro para mim, mas apenas paixão pelo jogo e pelo clube".
Desde o primeiro ataque da Rússia contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro, Abramovich vem ganhando holofotes. Primeiro, o empresário bilionário informou que estava abrindo mão da presidência do clube, ficando só com sua administração. Depois, a Ucrânia informou que o oligarca era uma das pessoas que aceitaram ajudar na negociação para um cessar-fogo no conflito.
No Reino Unido, porém, cresciam as cobranças dos partidos de oposição - e até de alguns conservadores - para que o governo de Boris Johnson incluísse Abramovich na lista de pessoas que deveriam ser punidas com sanções por conta das estreitas ligações do oligarca e de Putin.
Nesta quarta, o tabloide "Daily Mail" publicou que o Chelsea estava à venda por 3,3 bilhões de libras esterlinas (cerca de R$ 20,6 bilhões) e um dos possíveis interessados na compra seria o magnata suíço Hansjorg Wyss.
Natural de Saratov, na Rússia, o empresário de 55 anos de idade é dono do Chelsea desde 2003 e conseguiu transformar o clube em uma grande potência. Desde que o bilionário assumiu as rédeas, os Blues venceram quase 20 títulos, entre eles duas Ligas dos Campeões e cinco Premier League. (ANSA).