(ANSA) - O atual dono do Chelsea, o empresário Roman Abramovich, foi considerado um "negociador eficaz" pela Ucrânia nas tratativas de paz que estão ocorrendo com a Rússia.
Em entrevista ao portal "Ukrinform", o chefe da delegação ucraniana e conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, Mikhailo Podolyak, afirmou que o oligarca russo é um "mediador extremamente eficaz, que modera em parte um processo de uma maneira que não haja mal-entendidos" entre os membros.
Para Podolyak, esses "mal-entendidos podem acontecer quando uma parte diz uma coisa e a outra parte não é tão clara em termos de organização do processo negocial".
No entanto, o representante de Kiev voltou a falar que duvida que o empresário foi envenenado nos primeiros encontros, como foi confirmado por sua assessoria, e disse que acredita que isso foi denunciado para exercer pressão sobre as delegações e impedir que elas se concentrassem no mérito das conversas.
Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, Abramovich foi alçado a uma posição de certo protagonismo - primeiro no Reino Unido, depois nas negociações.
O empresário anunciou que estava deixando o comando do Chelsea e, poucos dias depois, anunciou que estava vendendo o clube inglês para não prejudicá-lo por conta das sanções impostas por governos ocidentais. Antes mesmo da guerra, diversos membros da oposição do Reino Unido já pediam punições a Abramovich por conta de negócios feitos por ele de maneira indireta com Vladimir Putin.
Depois, surgiu a informação que Zelesnky teria pedido para que o oligarca não fosse punido porque tinha demonstrado compromisso em auxiliar nas negociações de paz entre russos e ucranianos.
Porém, o bilionário foi um dos punidos pela União Europeia e pelo Reino Unido conforme os pacotes de sanções foram sendo anunciados.
Nesta semana, após uma denúncia de envenenamento, Abramovich reapareceu na Turquia - país para o qual também enviou seus luxuosos iates para impedir que eles fossem apreendidos pelos europeus - durante as negociações entre as delegações dos dois países em Istambul nesta terça-feira. (ANSA).
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