Esporte

Em novo trecho de entrevista, Piquet é racista e homofóbico contra Hamilton

Entrevista gravada em novembro gerou revolta na F1

Em nova parte da entrevista, Piquet fala da disputa do título de 2016

Redazione Ansa

(ANSA) - Um novo trecho da entrevista dada pelo ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet ao canal de YouTube "Motorsports Talks" foi publicado na noite desta quinta-feira (30) pelo site "Grande Prêmio". Nele o brasileiro volta a usar termos racistas - e agora homofóbicos - contra o heptacampeão da categoria, Lewis Hamilton.

O canal apagou o vídeo da conversa completa, mas o portal de automobilismo conseguiu mais uma parte da entrevista quando Piquet é questionado sobre Keke Rosberg, também campeão da F1.

Questionado sobre o que achava do campeão de 1982, Piquet diz que ele era um "bosta" e continua a atacar tanto Keke, como o filho do ex-piloto, Nico, campeão em 2016, quanto Hamilton.

Rosberg e Hamilton eram companheiros de equipe da Mercedes naquele ano e travaram uma disputa corrida a corrida pelo título da temporada. Após conquistar seu primeiro mundial, Nico surpreendeu o mundo e anunciou a aposentadoria.

"O Keke? Era um bosta, não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele. Ganhou um campeonato... o neguinho devia estar dando mais cu naquela época, aí tava meio ruim", disse soltando gargalhadas.

A primeira parte da entrevista, que viralizou nas redes sociais no fim de semana, fez com que equipes, pilotos, a F1 e a própria Federação Internacional de Automobilismo (FIA) repudiassem as falas racistas de Piquet.

No vídeo divulgado, o ex-piloto brasileiro se refere a Hamilton o tempo todo como "o neguinho" e insinua que ele bateu de propósito no carro de Max Verstappen, seu genro, no GP da Inglaterra de 2021. A entrevista foi gravada em novembro daquele ano, mas só viralizou agora.

Hamilton se manifestou e disse que era preciso "mudar a mentalidade" e que sofreu com esse tipo de comentário a vida toda.

"Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Fui cercado por essas atitudes e alvo disso em minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação", escreveu nas redes sociais.

Após a repercussão negativa, Piquet publicou um comunicado em inglês pedindo desculpas, mas dizendo que não quis ser racista e que "neguinho" é um termo corriqueiro no Brasil. A nota não foi divulgada em português.

Segundo a mídia especializada em automobilismo, a F1 está estudando banir Piquet do paddock da categoria. Enquanto isso, o Clube de Pilotos Britânicos já anunciou a suspensão do brasileiro. (ANSA).
   

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