(ANSA) - O heptacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, auxiliou na divulgação de um novo relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) sobre o acesso de jovens deslocados internacionais a educação.
Segundo o levantamento, que foi publicado na última terça-feira (13), a taxa média de refugiados matriculados nas escolas primárias (ensino fundamental) no ano letivo de 2020-2021 ficou estável em 68%. No entanto, a quantidade caiu "drasticamente" para 37% no nível secundário (ensino médio).
O relatório "Todos incluídos: a campanha pela educação de refugiados", que coletou dados de mais de 40 países pelo mundo, ainda apontou que o número de matrículas no ensino superior é o mais baixo entre os três níveis, com 6%. Em contrapartida, o Acnur afirmou que a tendência é de crescimento e que essa porcentagem pode chegar em 15% até o ano de 2030.
No epílogo do relatório, o piloto britânico da Mercedes afirmou que ficou "orgulhoso em emprestar" sua voz para a campanha do Acnur.
"A educação não apenas amplia os horizontes das pessoas e lhes apresenta oportunidades que, de outra forma, nunca sonhariam em ter. Ela contraria os efeitos prejudiciais da injustiça sistêmica. Não se trata apenas de criar melhores oportunidades de vida para os jovens, ajudando-os a encontrar seu propósito e a forjar seu próprio futuro. Trata-se dos efeitos colaterais: maior diversidade em posições de liderança e influência no mundo do trabalho, no esporte, na cultura, na política", disse Hamilton.
O italiano Filippo Grandi, alto comissário da ONU para Refugiados, destacou que diversos países tiveram grandes progressos em incluir estudantes deslocados internacionalmente em seus sistemas de educação.
"Agora precisamos seguir estas políticas com financiamento substancial e contínuo, e alocar localmente os ganhos da inclusão. O ditado 'talento é universal, mas oportunidade não é' descreve a realidade de milhões de crianças refugiadas. Precisamos reduzir o enorme abismo entre talento e oportunidade", afirmou. (ANSA).