(ANSA) - O advogado da mulher estuprada pelo ex-atacante Robinho e seus amigos em 2013 cobrou do Brasil uma decisão rápida sobre o pedido de extradição feito pela Itália.
"Eu e minha cliente estamos absolutamente satisfeitos que a solicitação tenha sido definitivamente encaminhada às autoridades brasileiras e que o procedimento esteja avançando", afirmou Jacopo Gnocchi, que defende a albanesa vítima do ex-jogador.
"Agora esperamos uma tomada de posição por parte das autoridades brasileiras em sentido favorável à extradição", acrescentou o advogado.
Gnocchi ressaltou estar ciente de que a Constituição do Brasil proíbe a extradição de seus próprios cidadãos, mas disse acreditar que "o problema seja político e diplomático" e que "a opinião pública brasileira, sobretudo as mulheres, devem se mexer em prol de uma mudança radical da lei".
"O Brasil é um grande país e não pode se transformar em um paraíso da impunidade", concluiu.
Em 19 de janeiro de 2022, a Suprema Corte da Itália confirmou a condenação de Robinho e de seu amigo Ricardo Falco a nove anos de cadeia por violência sexual, mantendo as penas impostas em primeira e segunda instâncias.
Os dois foram sentenciados por conta do estupro contra uma jovem albanesa em 22 de janeiro de 2013, quando a vítima tinha 22 anos de idade. A mulher estava na mesma boate que Robinho e cinco amigos dele, em Milão, mas só se juntou ao grupo após a esposa do então jogador do Milan voltar para casa.
Segundo a acusação, Robinho e seus amigos ofereceram bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor". De acordo com a reconstrução feita pelo Ministério Público, o grupo levou a jovem para um camarim da boate e, se aproveitando de seu estado, praticou "múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela".
Os outros quatro envolvidos no caso não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados.
Em uma conversa telefônica grampeada, Robinho disse ao amigo Jairo Chagas, que o alertara sobre a investigação: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".
"Olha, os caras estão na merda. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros foderem ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela", afirmou o atleta na conversa.
No entanto, após Chagas dizer que havia visto Robinho "colocar o pênis dentro da boca" da vítima, o atacante respondeu: "Isso não significa transar". Os advogados do jogador alegam que ele é inocente e que a relação foi consensual. (ANSA)
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