(ANSA) - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, foi interrogado por magistrados franceses que investigam a polêmica atribuição da Copa do Mundo de 2022 ao Catar.
Segundo informações do jornal Le Monde, o mandatário da Fifa foi ouvido pelos juízes como testemunha sobre sua relação com o país do Oriente Médio, que é bem próxima.
No interrogatório, o dirigente de 52 anos de idade declarou que "não esperava" uma vitória do Catar. A candidatura da nação superou as propostas de Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Austrália.
Infantino teria falado com os magistrados franceses em Zurique, na Suíça, no âmbito da investigação de corrupção iniciada há três anos pelas autoridades locais.
O ítalo-suíço, que foi braço direito do ex-jogador da Juventus Michel Platini na Uefa, "jura" que não tem conhecimento de qualquer escândalo de corrupção envolvendo a escolha do Catar para sediar o Mundial.
"Eu nem sabia o que dizer quando Platini decidiu votar no Catar, porque não conversávamos muito sobre isso. Se ele decidiu antes ou depois daquele almoço, não sei, mas certamente, depois daquela ocasião, ele ficou mais convencido", disse Infantino, segundo o Le Monde.
O encontro que Infantino mencionou se trata de um "almoço secreto" organizado 10 dias antes da cerimônia que confirmou o Catar como sede da Copa de 2022. A cúpula teve a participação do chefe da Fifa, do então presidente francês Nicolas Sarkozy, do emir do Catar e de Platini.
O periódico francês também lembrou que Infantino mora principalmente em Doha desde 2021, onde aluga uma casa para sua família. O dirigente se tornou o primeiro presidente da Fifa a residir no país sede do Mundial mais de um ano antes de sua realização. (ANSA).