Esporte

Ganhos fictícios da Juve somaram 155 milhões de euros, diz MP

Promotoria também acusou clube de ter supervalorizado jogadores

Alguns membros da alta cúpula da Juventus durante uma partida em Turim

Redazione Ansa

(ANSA) - A promotoria de Turim, na Itália, afirmou que os supostos ganhos de capital fictícios da Juventus foram estimados em 155 milhões de euros, além de acusar o clube de supervalorizar jogadores para equilibrar as contas.

As autoridades piemontesas informaram que as manobras da Velha Senhora serviram para ajustar as contas no vermelho e registrar um dano econômico menor, o que provocaria uma baixa repercussão no mercado de ações.

O documento dos promotores também aponta uma possível alteração dos valores decorrentes das vendas dos jogadores Emre Can ao Borussia Dortmund (14 milhões de euros) e Simone Muratore à Atalanta (3,8 milhões).

Os investigadores disseram que a Juve divulgou notícias falsas sobre a chamada "manobra salarial", que se trata de um acordo interno entre clube e jogadores para redução ou adiamento de salários em virtude da pandemia de Covid-19.

No caso da multicampeã de Turim, o presidente do clube, Andrea Agnelli, e o zagueiro Giorgio Chiellini fecharam o tratado em maio de 2020, mas os números reais do acordo foram alterados.

Segundo o Ministério Público da capital da região do Piemonte, a Juve comunicou oficialmente que a delegação renunciou a quatro meses de salário para economizar cerca de 90 milhões de euros em 2019/20, contudo, a renúncia teria sido de apenas um mês e os três restantes seriam pagos posteriormente "nas temporadas subsequentes". Com isso, a economia real teria sido de apenas 22 milhões.

O MP de Turim avisou ontem (24) aos bianconeri sobre a conclusão das investigações preliminares do caso, que recebeu o nome de "Plusvalenze". Ao todo, 16 pessoas foram consideradas suspeitas, entre elas Agnelli, Pavel Nedved e Maurizio Arrivabene. (ANSA).
   

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