(ANSA) - O heptacampeão mundial da Fórmula 1, Lewis Hamilton, afirmou em entrevista nesta quarta-feira (9) em São Paulo, cidade que abriga o próximo grande prêmio da categoria, que receber o título de cidadão honorário do Brasil foi uma experiência "surreal".
"Quando eu voltei para o hotel, precisei me beliscar para acreditar. Foi surreal. Foi uma honra receber. Nunca pensei que isso pudesse acontecer", disse aos jornalistas depois de ensaiar algumas frases em português.
Ao ser questionado sobre o que mais gostava do Brasil, o britânico afirmou que eram "a comida, as cores, mas principalmente as pessoas porque há muito amor por aqui".
O piloto da Mercedes também comentou sobre a visita que havia feito pela manhã no Morro da Providência,, no Rio de Janeiro, e ressaltou que essa viagem ao país está sendo "diferente" e a que mais está conhecendo o Brasil.
Hamilton falou sobre a corrida de 2021, em que venceu após sair da última colocação do grid, e comemorou levando uma bandeira ao pódio como seu ídolo no esporte, Ayrton Senna, fazia em suas vitórias.
"Eu acho que a gente está construindo uma bela trajetória aqui, juntos, mas acho que a corrida de 2021 foi o momento mais especial para mim. Tinha 36 anos, e começar por último, isso não é uma coisa fácil em Interlagos, e de alguma maneira eu terminei na frente e venci a corrida. Segurar a bandeira do Brasil naquele dia, algo me disse para fazer isso naquele momento. Então, eu parei e a peguei e eu senti como se estivesse fazendo Ayrton orgulhoso", ressaltou.
A ação naquele dia foi o que motivou o reconhecimento de cidadão honorário dado pela Câmara dos Deputados em cerimônia na última segunda-feira (7).
Hamilton ainda abordou as questões sociais que defende, como o combate ao racismo e a inclusão de minorias no esporte. Ao ser questionado se continuará a fazer isso, o heptacampeão foi incisivo.
"Sei que muitos falam que política não se mistura com esporte, mas defender direitos humanos não é política. Eu tenho uma plataforma e tenho voz. Vou continuar a usá-la, gostem ou não", ressaltou. (ANSA).