(ANSA) - O Conselho de Administração da Juventus, incluindo o então presidente do clube italiano, Andrea Agnelli, e o vice Pavel Nedved, renunciou na noite desta segunda-feira (28), em meio às investigações de fraude fiscal.
"Os membros do Conselho de Administração, considerando a centralidade e relevância das questões jurídicas e técnico-contábeis pendentes, consideraram do melhor interesse social recomendar que a Juventus adote um novo Conselho de Administração para lidar com essas questões", diz a nota oficial.
Segundo o clube de Turim, o pedido de demissão conjunta foi proposto por Agnelli na tentativa de "permitir que a decisão sobre a renovação do Conselho seja submetida à Assembleia Geral com a maior brevidade possível".
"Todos os membros do Conselho de Administração presentes à reunião declararam que renunciaram ao cargo", acrescenta o comunicado.
Entre eles estão: Laurence Debroux, Massimo Della Ragione , Katryn Fink, Daniela Marilungo, Francesco Roncaglio, Giorgio Tacchia e Suzanne Keywood.
O único que deve permanecer no cargo, porém, é o diretor-geral Maurizio Arrivabene, que apesar de também ter se demitido, será mantido para organizar o período de transição.
"O conselho de administração da Juventus continuará a sua atividade em regime de prorrogação até à assembleia geral convocada para o dia 18 de janeiro de 2023", conclui a nota.
A Velha Senhora está no centro de um grande escândalo por fraude contábil. No mês passado, inclusive, o Ministério Público de Turim, na Itália, concluiu as investigações preliminares e estimou que o clube teve ganhos fictícios na casa dos 155 milhões de euros.
Além disso, a Promotoria acusou a Juventus de supervalorizar os valores dos jogadores para equilibrar as contas. Ao todo, pelo menos 16 indivíduos são alvos do inquérito.
Em setembro, o clube fechou seu balanço financeiro da temporada 2021/22 com prejuízo de 254,3 milhões de euros, valor recorde no futebol italiano. Este é o quinto orçamento negativo consecutivo do maior campeão da Série A da Itália. (ANSA).