(ANSA) - O técnico e ex-jogador Sinisa Mihajlovic, que lutava contra uma leucemia, morreu nesta sexta-feira (16), aos 53 anos de idade. A notícia foi passada à ANSA pela família do sérvio, que definiu sua morte como "injusta e prematura".
"Um profissional extraordinário, sempre disponível e bondoso com todos. Ele lutou corajosamente contra uma horrível doença. Nós agradecemos os médicos e enfermeiros que o acompanharam em todos esses anos, com amor e respeito. Sinisa permanecerá sempre conosco", acrescentou a nota.
Diagnosticado com leucemia em 2019, Mihajlovic foi submetido a um transplante de medula óssea e passou por um ciclo bem-sucedido de quimioterapia. No entanto, o sérvio sofreu uma recaída e precisou dar início a um novo tratamento que o afastou da pré-temporada do Bologna.
Jogador com talento raro para cobranças de falta, Mihajlovic atuou pela maior parte da carreira no futebol italiano e se destacou sobretudo com a camisa da Lazio, clube pelo qual foi campeão da Série A na temporada 1999/2000.
Outro importante título que o sérvio conquistou ao longo de sua trajetória como atleta foi uma Copa dos Campeões, atual Champions League, com o Estrela Vermelha, em 1990/91.
Como técnico, Mihajlovic iniciou sua carreira no Bologna, em 2008, e desde então passou por Catania, Fiorentina, Sampdoria, Milan, Torino, Sporting de Portugal e seleção da Sérvia.
Em 2019, Mihajlovic salvou o Bologna do rebaixamento na Série A da Itália e viveu um dos seus melhores momentos como treinador. O sérvio foi demitido depois de 164 jogos no banco de reservas do rossoblù.
Homenagens
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, lamentou a morte de Mihajlovic. "Você lutou como um leão em campo e na vida. Você tem sido um exemplo e tem dado coragem a muitos que estão enfrentando a doença. Você foi descrito como um sargento de ferro, mostrou que tem um grande coração. Você é e sempre será um vencedor", escreveu a premiê.
A Lega Serie A, entidade que rege a principal divisão do futebol da Itália, afirmou em um comunicado que o falecimento do ex-técnico do Bologna é "dolorosa" e destacou sua classe, força e humanidade.
O técnico da seleção da Itália, Roberto Mancini, escreveu em suas redes sociais que "não é justo que uma doença tão terrível tenha levado um menino de 53 anos, que lutou como um leão até o último momento".
O ministro do Esporte da Itália, Andrea Abodi, destacou a importância de recordar Mihajlovic não somente por ter sido jogador ou treinador, mas também como um "lutador". "A força e a coragem de Mihajlovic mostraram todos esses anos que ele soube enfrentar a doença", disse o político.
(ANSA).
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