(ANSA) - O ex-presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc) Carlo Tavecchio morreu neste sábado (28) aos 79 anos, após ser hospitalizado para tratar problemas pulmonares.
O funeral do cartola será realizado na próxima segunda-feira (30), em Ponte Lambro, sua cidade natal.
Em nota, o atual presidente da Figc, Gabriele Gravina, expressou suas condolências pela morte de Tavecchio.
"Estou profundamente triste com o falecimento de um verdadeiro apaixonado pelo futebol como Carlo Tavecchio. Nos deixa um amigo de grandes qualidades humanas, muito comprometido com as questões sociais e um dirigente bem preparado, que soube dar voz e dignidade aos clubes amadores e que nunca desistiu de inovar", declarou ele.
Segundo Gravina, "o ímpeto para o desenvolvimento do futebol feminino na Itália por meio da união com os clubes profissionais masculinos, a introdução da tecnologia da linha do gol e do VAR, bem como a escolha no campo internacional para apoiar a atual alta administração da UEFA e da FIFA, foram suas felizes intuições" do italiano.
A Figc ordenou um minuto de silêncio antes de todas as partidas do campeonato nacional agendadas para o fim de semana, incluindo as de segunda-feira, em homenagem a Tavecchio. Além disso, em sinal de luto, as bandeiras do prédio da Via Allegri, sede da Federação, e do Centro Técnico Federal de Coverciano ficarão a meio mastro.
O ministro do Esporte, Andrea Abodi, falou de "um dia sombrio porque um amigo se foi". "Ele foi para um lugar onde sempre se está presente e onde um dia nos encontraremos novamente".
Carlo Tavecchio assumiu a Federação Italiana de Futebol em 11 de agosto de 2014, após o então presidente Giancarlo Abete deixar o posto devido ao baixo desempenho da seleção na Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
Antes de assumir a Figc, ele era o presidente da Liga Amadora. Tavecchio, porém, chegou a ser suspenso pela Fifa e pela Uefa por comentários racistas, ao se referir a jogadores estrangeiros como "macacos".
O italiano renunciou ao cargo em novembro de 2017, no rescaldo da derrota da Itália para a Suécia na repescagem para a Copa do Mundo de 2018. Poucos dias antes, ele ainda chegou a ser acusado de assédio sexual por uma dirigente esportiva. (ANSA).