(ANSA) - O governo italiano discutiu nesta sexta-feira (31) uma série de medidas para combater o racismo e o antissemitismo durante as partidas de futebol nos estádios do país.
As iniciativas, que incluem mais sistemas de videovigilância nos estádios e o fortalecimento do código de ética no mundo do futebol, foram anunciadas durante uma reunião no Palácio do Viminale, liderada pelo ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, e pelo ministro do Esporte e Juventude, Andrea Abodi.
Também estiveram presentes representantes da comunidade judaica com o objetivo de compartilhar a elaboração de "todas as medidas para dar respostas ainda mais oportunas e eficazes a atos de antissemitismo e racismo durante partidas de futebol".
Além disso, a reunião contou com a presença do coordenador Nacional para a luta contra o antissemitismo, Giuseppe Pecoraro, o chefe de Polícia e diretor-geral de Segurança Pública, Lamberto Giannini, a presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, Noemi Di Segni, a presidente da Comunidade Judaica de Roma, Ruth Dureghello, o presidente da Federação Italiana de Futebol, Gabriele Gravina e Manuela Bertona pela Lega Série A.
Durante a conversa, após uma análise cuidadosa dos recentes episódios ocorridos nos estádios, foi compartilhada a apresentação de um documento do governo para apelar por uma maior responsabilidade no mundo do futebol, também através do reforço do código de ética e da implantação de sistemas de videomonitoramento no interior dos estádios.
De acordo com o Ministério do Interior, o objetivo "é realizar ações mais efetivas tanto no que diz respeito ao enfrentamento do grave fenômeno, como para processar prontamente os responsáveis por tais atos, quanto no âmbito da prevenção, com a participação ativa dos próprios clubes de futebol e agindo, em particular, nas atitudes extremas dos torcedores".
No encontro, foi também destacada a importância da adoção de iniciativas de afirmação dos valores de "respeito e reputação", com vista a potenciar as ações proativas implementadas pelos clubes de futebol.
Por fim, foi avaliada a implementação de campanhas de informação e comunicação direcionadas com o envolvimento do Observatório de Segurança contra Atos Discriminatórios, ativo no Ministério do Interior. A série de intervenções que deve ser implementada será brevemente analisada, também do ponto de vista técnico, em nova reunião. (ANSA).