Esporte

Mourinho é notificado por ofensas contra árbitro na Itália

Clube e treinador têm 5 dias para apresentar defesa

Críticas de Mourinho e revelação de microfone causaram notificação

Redazione Ansa

(ANSA) - A Procuradoria da Federação Italiana de Futebol (Figc) notificou nesta quinta-feira (4) o técnico da Roma, José Mourinho, e o clube italiano por conta das acusações feitas pelo português contra o árbitro da partida entre a equipe e o Monza, Daniele Chiffi.

Segundo fontes ouvidas pela ANSA, o procurador federal Giuseppe Chine, havia aberto uma investigação na manhã desta quinta e reuniu imagens, vídeos e declarações à imprensa do treinador. Após a análise, tanto Mourinho como a Roma foram notificados por violação de dois artigos do código da justiça esportiva.

Agora, os dois têm cinco dias para apresentar a defesa ou pedir para serem ouvidos pelo procurador. Há ainda a possibilidade de uma espécie de confissão do caso, assim não seria necessário pagar multa e nem levar o procedimento até o tribunal federal nacional. Enquanto isso, porém, Mourinho pode comandar a equipe normalmente.

Após a partida, que terminou em 1 a 1 nesta quarta-feira (3), Mourinho atacou Chiffi na entrevista oficial.

"Chiffi é o pior árbitro que já vi. Eu estava com um microfone para me proteger. Os jogadores estão muito cansados, não devíamos estar onde estamos. Eles colocaram o orgulho e estarei com eles até o último minuto dessa temporada. O árbitro é fraco, mas o time não tem a força que outros clubes têm para dizer 'não queremos certos árbitros' ou talvez não tenha vontade de fazer isso", afirmou o português.

O presidente da associação dos treinadores italianos, a Assoallenatori, Renzo Ulivieri, defendeu o juiz da partida e criticou a postura do técnico da Roma.

"Os treinadores italianos estão ao lado dos árbitros, sem 'se' e sem 'mas', mas sem o Mou... gostaria de brincar, mas dá. As declarações de José Mourinho são graves e inaceitáveis. Em particular, admitir que foi a campo com um microfone para registrar as conversas entre ele e o grupo de arbitragem, justificando como uma escolha defensiva, prefigura, mesmo que só uma hipótese, uma ação que quer minar todo o sistema em uma espécie de todos contra todos", ressaltou o italiano. (ANSA).
   

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