(ANSA) - A Juventus foi punida com a perda de 10 pontos na classificação da Série A pela Corte Federal de Apelação da Federação Italiana de Futebol (Figc), informam fontes ligadas ao processo à ANSA nesta segunda-feira (22).
O clube já foi notificado da decisão no âmbito do processo conhecido como "plusvalenze", que acusa a Velha Senhora de crimes financeiros em seus balanços, maquiando os valores reais das transações e dos resultados.
A equipe havia sido punida pela primeira vez em 15 pontos, mas o Colégio de Garantia do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni) havia aceitado uma apelação do clube e determinou que a punição não estava correta.
Por isso, o caso foi julgado novamente e a Procuradoria da Figc havia pedido 11 pontos de punição na tabela.
Com a decisão, a Juve cai da vice-liderança da competição, onde está com 69 pontos, para a sétima colocação, com 58 pontos.
Já os sete dirigentes envolvidos foram absolvidos nessa nova análise. O Coni havia determinado que as motivações de responsabilidades fossem refeitas e os procuradores haviam pedido oito meses de punição, que seria uma não participação em nada relacionado ao esporte.
Com isso, Pavel Nedved, Paolo Garimberti, Assia Grazioli Venier, Caitlin Mary Hughes, Daniela Marilungo, Francesco Roncaglio e Enrico Vellano não precisarão cumprir nenhuma pena.
Reações
O chefe do setor esportivo da Juventus, Francesco Calvo, afirmou que o clube “não está satisfeito” com a nova punição, e disse que estuda entrar com recurso.
“As nossas primeiras impressões são negativas. Esperávamos que o veredito chegasse antes do jogo, não agora. Fazer qualquer comentário agora é cedo, mas vamos soltar um comunicado. Há a possibilidade de recurso, mas precisamos ler as motivações para dar margem a isso”, disse Calvo à DAZN.
Pouco depois, a Velha Senhora usou suas redes sociais para se manifestar sobre a punição.
“A Juventus tomou conhecimento do que foi decidido há pouco pela Corte de Apelação da Figc e se reserva a ler as motivações para avaliar um possível recurso ao Colégio de Garantia do Coni. O que foi instituído pelo quinto grau de juízo desse caso, iniciado há mais de um ano, suscita grande amargura no clube e em seus milhões de torcedores que, na ausência de regras claras, encontram-se penalizados de outra forma, com a aplicação de sanções que não parecem levar em conta o princípio de proporcionalidade”.
O clube ainda afirma que “não ignorando as exigências de celeridade, às quais a Juventus nunca se subtraiu no curso do procedimento, destaca-se que tratam-se de fatos que vem ainda serem julgados por um juiz natural”.(ANSA).