(ANSA) - Os áudios utilizados como base pela Justiça da Itália para a condenação do ex-atacante Robinho, que pegou nove anos de prisão por estupro coletivo, foram divulgados nesta quarta-feira (14).
As conversas entre o ex-jogador do Milan e seus amigos, reveladas no podcast "Os grampos de Robinho", do site UOL, deram mais detalhes da participação do ex-atleta no caso.
"Eu comi a mina, ela fez chupeta para mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá. Caralho, se esse bagulho sai na imprensa, vai me foder", disse Robinho em um dos trechos.
Nos áudios, grampeados pelas autoridades italianas em janeiro de 2014, o ex-centroavante chegou a debochar da vítima em uma conversa sobre o assunto com seu amigo Jairo.
"Por isso que eu estou rindo, não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem que eu sou", falou o ex-atleta rossonero.
Em outra passagem do conteúdo, Robinho garante que viu seus companheiros manterem relações sexuais com a mulher, além de afirmar que não tocou na vítima.
Já em uma conversa com Ricardo Falco, outro colega do ex-atacante, Robinho alega que não conhece a mulher e ensaia um possível depoimento caso fosse chamado pela polícia. O ex-jogador, contudo, voltou a mostrar preocupação com a chance da notícia sair na imprensa.
"Primeiro, o bagulho foi há um ano. Segundo, não toquei nessa menina. Quem tocou nela está lá no Brasil. O importante é que eu nem conheço essa mina. Não vai dar nada, agora se sair no jornal, vou apelar com esses caras", comentou.
Por fim, Robinho conversa com outro companheiro e abre a possibilidade da vítima ter tido um filho. O ex-jogador ainda mostra alívio ao saber que o clube noturno não tinha câmera de segurança, pois iria "ficar meio embaçado" para a vítima provar o estupro.
Em 2022, a Suprema Corte da Itália confirmou a condenação de Robinho e de seu amigo Falco a nove anos de cadeia por violência sexual, mantendo as sentenças impostas em primeira e segunda instâncias. O ex-jogador vive em liberdade no litoral de São Paulo.
Os dois foram sentenciados em virtude de um estupro contra uma jovem albanesa em 2013, quando a vítima tinha 22 anos de idade. (ANSA).