(ANSA) - Após atrair alguns grandes nomes do futebol mundial, como Cristiano Ronaldo e Karim Benzema, a Arábia Saudita está apenas no "começo", de acordo com um membro da diretoria da principal divisão do país.
Tratados como grandes ameaças, principalmente pelas tradicionais equipes do continente europeu, os sauditas foram protagonistas de um mercado de transferências riquíssimo. A última movimentação que impactou o mundo foi a contratação de Sadio Mané pelo Al Nassr, mesmo time de CR7.
"É só o começo, ainda serão muitos [nos próximos anos]. A liga está determinada a ser um sucesso e continuará gastando dinheiro. As críticas da Europa não são necessariamente ruins, não significa que ela não será tão forte no futuro. É bom que o futebol tenha força em todo o mundo", afirmou o britânico Peter Hutton, membro da diretoria da Saudi Pro League.
Hutton acrescentou que a ida de Cristiano Ronaldo para a península arábica ajudou na explosão do campeonato, pois emissoras de mais de 170 países demonstraram interesse em transmitir a liga.
As grandes contratações do futebol local, que também incluem Marcelo Brozovic, N'Golo Kanté, Riyad Mahrez e Fabinho, estão concentradas nas mãos dos quatro clubes administrados pelo Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita: Al Hilal, Al Nassr, Al Ittihad e Al Ahli.
Os altíssimos investimentos do quarteto podem criar uma grande diferença de nível em comparação com os outros 14 componentes da liga, como o Al Shabab, um dos times mais tradicionais do país e que ficou de fora da seleta lista do Fundo soberano.
O fenômeno, entretanto, tem de tudo para continuar firme, pois outros nomes importantes poderão desembarcar em terras sauditas nas próximas semanas. O técnico do Manchester City, Pep Guardiola, limitou-se a dizer diplomaticamente que a nação da península arábica "mudou completamente o mercado".
Enquanto o campeonato não começa, os ricos clubes sauditas estão sendo testados na Copa dos Campeões Árabes. Al Ittihad e Al Hilal passaram de fase, tanto que vão se encontrar nas quartas de final. Al Shabab e Al Nassr, por sua vez, lutam pela classificação. (ANSA).