(ANSA) - Após faltar duas vezes, o ex-craque Ronaldinho Gaúcho finalmente compareceu à CPI das Pirâmides Financeiras. O ex-jogador negou seu envolvimento com a empresa 18K, suspeita de ter cometido golpes com criptomoedas, e ficou em silêncio em várias perguntas.
Acompanhado do advogado e do irmão, Roberto Assis, o ex-atleta do Milan afirmou não ter nenhuma relação com a empresa que vem sendo investigada pelas autoridades.
Em um depoimento escrito por seus advogados, Ronaldinho Gaúcho afirmou "nunca ter autorizado" que a 18K usasse seu nome e imagem para as campanhas. O ex-jogador, que compareceu de óculos escuros e boina, diz ter sido "vítima".
Ele ainda declarou que as imagens utilizadas nas peças publicitárias da empresa eram de uma gravação de uma campanha de relógios.
Durante o depoimento, Ronaldinho Gaúcho negou ter sido intimado a comparecer na CPI, principalmente depois de ter faltando nas duas primeiras chamadas.
O campeão mundial de 2002 exerceu seu direito de ficar em silêncio e não respondeu dezenas de perguntas realizadas pelos parlamentares.
O ídolo do Barcelona é mencionado pela comissão como fundador da 18K, acusada de prometer rendimentos de até 2% por dia, mas que bloqueou as contas e não pagou os usuários.
Fuga do país
Durante seu depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras, Ronaldinho Gaúcho negou os boatos de que teria planejado deixar o país.
"Não é verdade que eu pretendia deixar o Brasil para não participar da CPI", assegurou o ex-jogador.
Os deputados falaram em pedir a condução coercitiva de Ronaldinho, que já tinha sido convocado duas vezes à CPI. Na semana passada, as autoridades retiraram seu passaporte para impedir uma possível fuga do país. (ANSA).