(ANSA) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu uma liminar nesta quinta-feira (4) para reinstituir Ednaldo Rodrigues na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A medida suspende uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que em 7 de dezembro anulou a eleição da CBF, removendo o dirigente do cargo.
A decisão tinha relação com um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que Ednaldo firmou junto ao Ministério Público em 2021, quando ainda era presidente interino, para acordar os termos da eleição do ano seguinte.
Para a Justiça fluminense, Ednaldo não poderia ter estabelecido termos para beneficiar a ele mesmo, que venceu o pleito.
Um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) não prosperou, mas o partido PCdoB pediu a derrubada da decisão junto ao STF e Gilmar Mendes concedeu a liminar até que o STF analise o mérito da questão.
No pedido, a sigla alegou o risco de eliminação do Brasil no pré-olímpico de futebol. O motivo é uma questão estatutária: o regulamento da CBF diz que o presidente interino deve ser o diretor mais antigo da instituição, mas o TJRJ nomeou um interventor para a Confederação.
O PCdoB alegou que a assinatura de um presidente contrariando o que diz o estatuto na lista de convocados do pré-olímpico, que será enviada pela CBF na sexta-feira (5), poderia render uma sanção por parte da Fifa.
Até a análise definitiva, a CBF deixa de ter eleições programadas e Ednaldo Rodrigues retorna ao cargo.
Está prevista uma missão da Fifa na próxima semana ao Brasil para entender a questão.
(ANSA).