Esporte

MP da Espanha pede quase 5 anos de prisão para Ancelotti

Treinador italiano é acusado de fraude fiscal

Ancelotti é acusado de sonegar impostos

Redazione Ansa

(ANSA) - O Ministério Público da Espanha pediu nesta quarta-feira (6) que o técnico italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, seja condenado a uma pena de quase cinco anos de prisão por suposta fraude fiscal.

Em comunicado à imprensa, a Procuradoria Regional de Madri especifica que "pedirá quatro anos e nove meses de prisão" contra o treinador, que é acusado de ter fraudado os cofres públicos espanhóis com mais de uma milhão de euros sonegados em impostos.

Segundo a acusação, Ancelotti teria omitido os seus rendimentos provenientes de direitos de imagem à Fazenda durante os anos de 2014 e 2015, tendo transferido os valores para outros locais.

Mesmo que tenha deixado o Real Madrid em 2015, o MP considera que a Espanha foi o principal "centro de relações pessoais e de interesses econômicos".

De acordo com o MP, "para evitar a tributação dos rendimentos provenientes dos referidos direitos de imagem", além aqueles recebidos pelo Real Madrid por ouros contratos, o técnico utilizou uma rede "complexa" e "confusa" de empresas para "canalizar a arrecadação de direitos de imagem".

Além disso, Ancelotti teria tentado ocultar "o verdadeiro beneficiário dos rendimentos provenientes de seus direitos de imagem, para que nem ele próprio, nem nenhuma das referidas empresas, tenham que pagar impostos sobre as grandes quantias recebidas na Espanha ou fora do país".

O ex-técnico do Milan, Chelsea, Bayern de Munique e Paris Saint-Germain, de 64 anos, foi enviado a julgamento em relação ao caso em julho passado.

Amplamente considerado um dos maiores treinadores de futebol de todos os tempos, ele conquistou, entre muitos outros troféus, a Liga dos Campeões por quatro vezes, sendo duas pelo Milan e duas pelo Real Madrid.

Atualmente, Ancelotti, que chegou a ser cotado para assumir a seleção brasileira, está em sua segunda passagem pelo gigante espanhol, depois de ter comandado o Real Madrid entre 2013 e 2015. (ANSA).
   

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